Dia Mundial das Missões no ano de 2017

Dia Mundial das Missões em 2017

Neste ano de 2017, o Dia Mundial das Missões vai comemorar-se no dia 22 de Outubro, e em Portugal é subordinado ao tema “Com MARIA, Missão de Paz”.

O tema da mensagem do papa Francisco para a 91ª jornada missionária mundial (criada em 1926 pelo papa Pio XI) é “A missão no coração da fé cristã”. No texto da referida mensagem, publicado no dia 4 de junho, na Festa de Pentecostes, o papa sublinha que “a Igreja é missionária por natureza”.

Diz-nos, então, o Papa Francisco:

«Queridos irmãos e irmãs!

O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também este ano, na pessoa de Jesus, «o primeiro e maior evangelizador» (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 7), que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este Dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De facto a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão?»

Para continuar a ler a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2017, clique aqui.

 

Oração Missionária

Maria, tu que escolheste o Verbo da Vida

na profundidade da tua fé humilde,

ajuda-nos a dizer SIM

à urgência de fazer renovar

a Boa Nova de Jesus no nosso tempo

 

Mãe da evangelização

movida pelo Espírito,

fortalece em nós

o novo ardor de ressuscitados

para levar a todos o Evangelho

da Vida que vence a morte.

 

Intercede por nós, Rainha das Missões,

a fim de podermos ser audazes

na procura de novos caminhos

para que chegue a todos

a Salvação do teu Filho.

Amén.

 

A padroeira das Missões

A padroeira das missões é Santa Teresa do Menino Jesus, proclamada como tal pelo papa Pio XI, em 1927, e também por ele canonizada, em 17 de Maio de 1925.

«Santa Teresa do Menino Jesus, nasceu em Alençon (França) no ano 1873. Entrou ainda muito jovem no mosteiro das Carmelitas de Lisieux e exercitou-se de modo singular na humildade, simplicidade evangélica e confiança em Deus, virtudes que também procurou inculcar especialmente nas noviças do seu mosteiro. Morreu a 30 de Setembro de 1897, oferecendo a sua vida pela salvação das almas e pela Igreja. (…)

Em carta tornada pública a 1 de Outubro de 2007, o Papa Bento XVI, recordou que “Teresa de Lisieux, sem ter saído de seu Carmelo, (…) viveu, à sua maneira, um autêntico espírito missionário. Desde Pio XI até os nossos dias, os Papas não têm deixado de recordar os laços entre oração, caridade e açcão na missão da Igreja.

Santa Terezinha não só descobriu no coração da Igreja que sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas, com a autorização do Papa e todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos”. A sua vida deixou-nos como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma”, e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, e fazendo o bem aos da terra.

Pela sua entrega total ao amor Misericordioso de Deus, pela sua constante ânsia em que ardia por “salvar almas”, pelos laços de fraternidade espiritual que cultivou com alguns missionários no campo de missão, ela foi escolhida como Padroeira das Missões.

No Carmelo de Lisieux, Prisioneira por amor e do Amor, desejou ardentemente percorrer o mundo inteiro para implementar a Cruz de Cristo em todo o lado. A experiência do Deus Misericórdia é o Centro de toda a sua vida e obra. Num Tempo em que se anunciava o Deus da Justiça, vindicativa, ela descobre e inflama-se do Amor Misericordioso e, no seio da Igreja Sua Mãe, ela quer ser o Amor.» Fonte

 

As viagens missionárias de S. Paulo

S. Paulo foi, efectivamente, o primeiro missionário cristão, tendo realizado três viagens, antes de ser preso e conduzido a Roma, para ser julgado pelo próprio imperador, dado ser cidadão romano.

Depois de sua “conversão”, na estrada para Damasco, Paulo atravessa parte da Ásia Menor (a atual Turquia), da Síria e da Arábia (a atual Jordânia), até Jerusalém, antes de se dirigir para a Europa, indo à Grécia e, enfim, a Roma. É razoável datar suas viagens num intervalo de alguns anos em torno do ano 50.

Primeira viagem – De Antioquia a Chipre e ao sul da Anatólia (Perge, Antioquia de Pisídia, Icônio, Listra e Derbe), Paulo e Barnabé pregam com ardor nas sinagogas a Boa Nova da ressurreição e da salvação em Jesus, fundando comunidades. Então os judeus se dividem e Paulo se volta, por isso, aos pagãos.

Segunda viagem – O primeiro objetivo de Paulo, acompanhado por Silas, é encontrar as comunidades que fundou no sul da Anatólia (em Listra, encontram Timóteo, que os acompanha na viagem). Prosseguem para o noroeste, até Dardanelos e Trôade, de onde passam à Grécia; Paulo funda Igrejas em Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto. Volta depois a Antioquia, sua base, passando por Éfeso e Cesaréia. Em Antioquia, pela primeira vez, os fiéis foram chamados “cristãos”.

Terceira viagem – É uma viagem de consolidação. Paulo revê as Igrejas que fundou na Anatólia e na Grécia, com Timóteo e Tito. Embarca novamente para Tiro, Cesaréia e Jerusalém, onde é preso.

Viagem do cativeiro – A viagem do prisioneiro a Roma não é uma viagem missionária, mas sua atividade de evangelizador não cessará. Fonte