A criação do Estado de Israel e a oposição dos países árabes

A criação do Estado de Israel

A criação do Estado de Israel foi proclamada em 14 de maio de 1948.

A criação deste novo Estado resultou da necessidade de atribuir uma terra ao povo judeu há séculos disperso e perseguido durante a Segunda Guerra Mundial.

Mas a partilha da Palestina entre os Judeus e as populações árabes aí instaladas há muito tempo desenrolou-se num clima de violência.

O plano da ONU que tinha previsto a divisão da Palestina em dois Estados, árabe e judeu, não é aplicado: os Estados árabes recusam reconhecer o Estado hebraico; nenhum Estado palestiniano verá a luz do dia.

Desde essa altura, a tensão é constante: dois povos, Judeus e Palestinianos, grande número dos quais forçado ao exílio, disputam a mesma terra.

Os conflitos israelo-árabes desde a fundação de Israel até 1995

Em 1948, os Estados árabes vizinhos não aceitam a criação de um Estado judeu independente na Palestina, que consideram uma terra árabe.

1948 – Após a proclamação de Israel, os países árabes atacam o novo Estado. Israel sai vencedora e aumenta o seu Estado em detrimento dos Palestinianos.

1956 – Israel participa com a França e a Grã-Bretanha numa intervenção contra o Egipto de Nasser.

1967 – Guerra dos Seis Dias.

Esta guerra opôs Israel às forças conjuntas do Egipto, da Síria e da Jordânia.

Convencidos de que os exércitos árabes se preparavam para atacar, os Israelitas lançaram um ataque de antecipação e tomaram os Montes Golan, no Sudoeste da Síria, a zona de Jerusalém controlada pela Jordânia, a margem ocidental do rio Jordão e a península do Sinai.

Em 1982, Israel devolveu o Sinai ao Egipto, e em 1994, uma parte da Margem Ocidental, mas conservou os outros territórios que ocupara.

Golda Meir (1898-1978) – Primeira-ministra de Israel de 1969 a 1974. As suas tentativas para resolver o Conflito Israelo-Árabe pela via diplomática fracassaram, quando em 1973 eclodiu Guerra do Yom Kippur.

6 de outubro de 1973 – O Egipto e a Síria atacam de surpresa Israel que, após grandes dificuldades, acaba por ganhar a Guerra do Yom Kippur.

O Yom Kippur é o dia mais santo do calendário judeu.

A princípio, os Árabes obtiveram alguma vantagem, mas ao fim de três semanas foram repelidos pelos Israelitas. Foi a última das cinco guerras do Conflito Israelo-Árabe.

Para fazer pressão sobre os aliados de Israel, os Estados árabes exportadores de petróleo decidem reduzir as suas entregas e aumentam as tarifas.

Em 1978, graças à mediação americana, o Egipto e Israel assinam os acordos de Camp David [EUA] e fazem a paz.

O Egipto reconheceu Israel que lhe restituiu o Sinai.

Anwar Sadat (1918-1981) – Presidente do Egipto que sucedeu a Gamal Abdel Nasser, em 1970. Recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua corajosa tentativa de acabar com o Conflito Israelo-Árabe , ao assinar um tratado de paz com Israel em 1978. Foi assassinado por fundamentalistas islâmicos.

1982 Operação «Paz para a Galileia»: o exército israelita invade o Líbano até Beirute com o objetivo de liquidar os combatentes palestinianos.

Retira-se em 1985.

1987 – Nos territórios ocupados, os Palestinianos desencadeiam a «revolta das pedras» (Intifada), contra a presença israelita.

1988 – O líder da OLP (Organização de Libertação da Palestina), Yasser Arafat, reconhece de facto o Estado de Israel ao aceitar a Resolução 242 da ONU.

1993 – A 13 de Setembro, em Washington, o primeiro-ministro israelita, Yitzak Rabin, e Yasser Arafat, líder da OLP, apertam oficialmente as mãos.

Com a assinatura deste acordo de paz, é concedido aos Palestinianos um autogoverno limitado sobre Gaza e a cidade de Jericó, na Margem Ocidental, e as tropas israelitas retiraram-se destas áreas em 1994.

1994 – Em Julho de 1994, Israel e a Jordânia assinaram um acordo que poria termo ao estado de guerra que persistia entre os dos países desde 1948.

Arafat instala a sua capital provisória em Jericó. Tem início uma longa negociação com Israel tendo em vista a passagem à soberania.

1995 – O assassínio de Rabin e as eleições de 1996, que levam Benjamin Netanyahu ao poder, conduzem a novo endurecimento da situação.

Fonte: “Memória do Mundo – das origens ao ano 2000” | Imagem