Adelino da Palma Carlos morreu no dia 25.10.1992
No dia 25 de Outubro de 1992 morreu Adelino da Palma Carlos
(Faro, 3 de março de 1905 – Lisboa, 25 de outubro de 1992)
Advogado, professor universitário e político.
De seu nome completo Adelino Hermitério da Palma Carlos, era filho de Manuel Carlos e Auta Vaz Velho da Palma Carlos, numa família com mais cinco irmãos.
Foi um dos fundadores, em 1923, da Liga da Mocidade Republicana, juntamente com Rodrigues Miguéis, Mayer Garção, e outros.
Durante este primeiro período de envolvência política, conhece aquela que viria a ser a sua companheira ao longo da vida, Elina Guimarães, com quem veio a casar em 1928.
Em 1926 formou-se na Faculdade de Direito de Lisboa, onde se doutorou, em Ciências Histórico-Jurídicas, em 1934.
Professor no Instituto de Criminologia de 1930 a 1935, em 1951 ingressou como professor na Faculdade de Direito de Lisboa leccionando Direito Processual Civil e Prática Extrajudiciária.
Passou a professor catedrático em 1958.
Exerceu a advocacia na capital, e o cargo de bastonário da Ordem dos Advogados entre 1950 e 1956.
Além de colaboração dispersa por revistas e jornais, publicou estudos jurídicos e históricos, bem como cursos académicos, entre os quais Direito Processual Penal, Direitos Reais e Direito Processual Civil, em cinco volumes.
Primeiro-ministro após o 24 de Abril de 1974
Adelino da Palma Carlos
foi Primeiro-ministro do I Governo Provisório (17 de Maio de 1974 a 1 de Julho de 1974), nomeado pelo primeiro presidente da República do regime saído da Revolução de 25 de Abril, o general António Spínola.
Foi uma personalidade democrática de tendência liberal, vítima de discriminação por parte do anterior regime autoritário e advogado prestigiado com ligações a importantes empresas privadas.
Adelino da Palma Carlos viu rejeitada pelo conselho de Estado a sua proposta, elaborada em concertação com o general António Spínola, de um plebiscito presidencial com adiamento, para finais de 1976, das eleições para a Assembleia Constituinte.
Impossibilitado deste modo de evitar a multiplicação dos centros de poder e exercer uma autoridade efectiva, pediu a demissão, tendo sido substituído por Vasco Gonçalves.
Em 1980, Adelino da Palma Carlos foi mandatário nacional da recandidatura presidencial do general Ramalho Eanes. [A.R.]
Fonte: “Dicionário Enciclopédico da História de Portugal” + “O Grande Livro dos Portugueses”