António Gedeão nasceu no dia 24.11.1906
No dia 24 de Novembro de 1906, nasceu António Gedeão, pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho
(Lisboa, 24.11.1906 – Lisboa, 19.02.1997)
Poeta, professor e historiador da ciência portuguesa.
Filho de um funcionário dos correios e telégrafos e de uma dona de casa, Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, que adoptou o pseudónimo de António Gedeão, nasceu a 24 de Novembro de 1906 na lisboeta freguesia da Sé.
Aí cresceu, juntamente com as irmãs, numa casa modesta da rua do Arco do Limoeiro (hoje rua Augusto Rosa), no seio de um ambiente familiar tranquilo, profundamente marcado pela figura materna, cuja influência foi decisiva para a sua vida.
Concluiu, no Porto, o curso de Ciências Físico-Químicas, e exerceu, depois, a actividade de docente.
Teve um papel importante na divulgação de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando obras no campo da história das ciências e das instituições, como A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX.
Publicou ainda outros estudos:
– História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de Lisboa (1959),
– O Sentido Científico em Bocage (1965) e
– Relações entre Portugal e a Rússia no Século XVIII (1979).
Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo.
A esta viriam a juntar-se outras obras, como
– Teatro do Mundo (1958),
– Máquina de Fogo (1961),
– Poema para Galileu (1964),
– Linhas de Força (1967)
e ainda
– Poemas Póstumos (1983) e
– Novos Poemas Póstumos (1990).
Na sua poesia, reunida também em Poesias Completas (1964), as fontes de inspiração são heterogéneas e equilibradas de modo original pelo homem que, com um rigor científico, nos comunica o sofrimento alheio ou a constatação da solidão humana, muitas vezes com surpreendente ironia.
Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados para músicas de intervenção.
Em 1963, publicou a peça de teatro RTX 78/24 (1963) e, dez anos depois, a sua primeira obra de ficção, A Poltrona e Outras Novelas (1973).
No seu nonagésimo aniversário, António Gedeão foi alvo de uma homenagem nacional, tendo sido condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.
Fonte: “O século XX Português – Personalidades que marcaram uma época” (texto editado, adaptado e aumentado)