Olha a bela sardinha, boa e fresquinha da costa!
Sardinha
Presença de proa na tradição gastronómica portuguesa, a sardinha é uma das melhores aliadas de um coração saudável graças à sua riqueza em ómega 3. Apreciada sobretudo durante o Verão, é rainha ao longo das festividades dos Santos Populares.
A sardinha assada é dos pratos mais apreciados da gastronomia portuguesa, de norte a sul do país. Entre maio e setembro veste-se de prateado a brilhar e torna-se a rainha dos arraiais populares – a pingar em cima de uma grande fatia de pão.
Imagem de marca
A sardinha assada foi considerada uma das Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, e foi também a primeira pescaria na União Europeia a obter o rótulo azul com a Certificação de Sustentabilidade.
Apesar de ter origem na ilha italiana de Sardenha, onde um dia já foi abundante, este peixe é uma das imagens de marca de Portugal, por ser um alimento excelente para a saúde e por ser cheio de sabor.
Rainha das Festas
Se o bacalhau é um símbolo nacional importante, natalício e rei dos peixes, então a sardinha é a rainha das festas. E se ajuda à celebração, é também celebrada em algumas das festividades mais importantes da tradição portuguesa, como os Santos Populares.
Sem este peixe, tão rico em vitaminas e minerais, as festas de Santo António, S. João e S. Pedro não seriam as mesmas. Nestas festas de Verão não falta a bela sardinha assada no pão, acompanhada por uma boa salada de pimentos também assados.
Saboreada no pão
Parece que o hábito de comer a sardinha num naco de pão tem origem no século XVII, quando as populações mais pobres esfregavam a sardinha assada no pão para lhe dar mais sabor e enganar a fome.
Quando se ouve “sardinha sem pão é comer de ladrão”, significa que a melhor forma de saborear esta iguaria é coloca-la em cima de uma grande fatia de pão, que antes foi idealmente tostada nas brasas.
Benefícios
Amiga do paladar, a bela sardinha é perfeita para o coração. Além de ser rica em ómega 3, que contribui para a manutenção de níveis normais de colesterol no sangue, e, portanto, para o correto funcionamento do coração, é boa fonte de vitaminas e minerais que ajudam a manter o equilíbrio do organismo.
O melhor período do ano para se encontrar a melhor sardinha é, especialmente, entre maio e setembro, quando a pele se desprende com facilidade, impregnando o pão com a sua gordura e sabor característicos, e quando este peixe brilha em todo o seu esplendor.
Sugestões…
… como escolher – A sardinha é muito apreciada e consumida pelos portugueses nos meses de verão. No momento da compra, deve apresentar-se com uma pele brilhante e iridescente, e um músculo firme e elástico. Os olhos têm que ser brilhantes, translúcidos e convexos, e as pupilas de um preto-azulado vivo. As brânquias ou guelras devem ser de cor vermelha, com um odor a algas, e a parede abdominal firma e intacta.
… como conservar – O peixe fresco deve ser o último produto a ser adquirido no supermercado, devido á sua perecibilidade. A sardinha deve ser conservada à temperatura do gele fundente, entre os 0ºC e os 4ºC. Em casa, deve ser conservada no frigorífico até ao momento da confecção. Se não for consumida no espaço de um dia, deve ser congelada. Aquando do consumo, convém descongelá-la na prateleira inferior do frigorífico.
… como consumir – Aconselha-se a não amanhar a sardinha para consumir assada na brasa, assim como a sardinha pequena frita, pois as vísceras acentuam o seu sabor. A sardinha congelada é uma excelente opção de consumo deste tipo de peixe, pois é congelada logo após a captura e na época em que é mais gorda.
Informação nutricional (composição por cada 100 g de parte edível de sardinha)
Energia: 221 kcal | Água: 63,4 g | Ácidos gordos saturados: 4,7 g | Ácidos gordos monoinsaturados: 4,0 g | Ácidos gordos polinsaturados: 5,6 g | Vitamina A: 47, g | Niacina: 4,4 mg | Vitamina B6: 0,57 mg | Vitamina B12: 10 µg | Vitamina D: 21 µg | Triptofano: 3,4 mg | Sódio: 65 mg | Potássio: 367 mg | Cálcio: 72 mg | Fósforo: 314 mg | Ferro: 1,0 mg | Zinco: 1,6 mg.
Fonte: Tabela da Composição dos Alimentos, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Fonte do texto: Continente Magazine