História de Portugal

Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota

Uma visita ao CIBA – Agosto de 2021

No mês de Agosto do ano da graça de Senhor Jesus Cristo de dois mil e vinte e um tive oportunidade de visitar o CIBA e o Campo Militar de S. Jorge, na companhia de toda a família.Visita que valeu a pena, e que todos os alunos, a partir do 4º ano de escolaridade, deveria ter oportunidade de efetuar.

Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota

O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota situa-se no campo militar de São Jorge, onde a 14 de Agosto de 1385, Portugueses e Castelhanos travaram uma das mais importantes batalhas da história de Portugal.

Aqui os portugueses venceram, sob o comando de Nuno Álvares Pereira e do rei D. João I.

A Batalha de Aljubarrota tornou-se, à escala medieval, num acontecimento da maior importância política, diplomática e militar.

Do ponto de vista militar, diplomático, e político, Aljubarrota permitiu a afirmação de Portugal como Reino independente e tornou ainda possível o início de uma das épocas mais grandiosas da história de Portugal: os Descobrimentos.

No CIBA encontrará um museu de vanguarda, onde a Batalha de Aljubarrota é apresentada sob múltiplas perspetivas, numa junção feliz de fontes documentais e iconográficas.

Sempre em constante atualização o centro permite diferentes graus de interatividade expositiva, onde o ponto alto da visita é a recriação da Batalha de Aljubarrota num espetáculo multimédia de cortar a respiração!

Campo de Batalha

O campo da Batalha de Aljubarrota é dos únicos em toda a Europa onde é possível reconstituir com segurança o posicionamento dos exércitos no terreno e visitar as estruturas defensivas
construídas no local.

O Campo Militar de São Jorge é também o mais bem preservado campo de batalha da Guerra dos Cem Anos.

Centro de Interpretação da Primeira Posição Portuguesa na Batalha de Aljubarrota

A 500 m do Mosteiro da Batalha, a 1 km do edifício principal do CIBA, situa-se o primeiro local escolhido por Nuno Álvares Pereira para travar o avanço do exército castelhano, em 1385.

Considerada uma posição invencível, os castelhanos recusaram o combate e prosseguiram marcha para onde viriam a defrontar o exército português no Campo Militar de São Jorge.

Quem visita hoje o local encontra uma visão recriada sobre a construção do Mosteiro da Batalha com sofisticados meios audiovisuais ficando a conhecer a joia da arquitetura gótica em Portugal e Património da Humanidade.

Campo da Batalha de Aljubarrota

Ponto n.º 1 – Cronotelescópio 1

Neste ponto esteve posicionado o Rei de Portugal, D. João I, no início da Batalha de Aljubarrota, acompanhado por nobres portugueses.

Ao rei competiu o comando da retaguarda, que estava virada para sul.

Nesta mesma direção, mas a cerca de um quilómetro de distância, instalou-se a frente castelhana.

Comprove através da imagem do cronotelescópio.

Ponto n.º 2 – Cronotelescópio 2

Uma das táticas de Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino (comandante do exército), consistiu em posicionar os combatentes, de modo a formar as quatro faces de um quadrado e assim conseguir cercar o adversário. Encontra-se no meio desse cerco.

Neste ponto é possível avistar a retaguarda e a carriagem (acampamento) portuguesas.

Comprove através da imagem do cronotelescópio.

Ponto n.º 3 – Campo da Peleja / Relevo

Este espaço homenageia os combatentes da Batalha de Aljubarrota.

As lajes assinalam alguns dos protagonistas do confronto, sejam eles portugueses, castelhanos, franceses ou ingleses. Não são sepulturas.

É também o melhor local para perceber o relevo do terreno e a importância da sua escolha.

Ao observá-lo evidenciam-se acentuados declives de ambos os lados, comprovando que nos encontramos num planalto.

A zona ocupada pelo exército português era de largura bastante inferior à do adversário, o que provocou a desorganização natural do ataque castelhano (afunilamento da frente de ataque).

Ponto n.º 4 – Cronotelescópio 3

Neste local instalou-se a Ala dos Namorados, composta maioritariamente por jovens besteiros portugueses. Formava uma das extensões laterais à frente portuguesa.

A outra ala encontrava-se a cerca de 350 metros (atual N1/IC2) e era composta por arqueiros ingleses.

Comprove através da imagem do cronotelescópio os milhares de flechas e virotes (munição da besta) que voaram nesta zona do campo.

Ponto n.º 5 – Capela de São Jorge

Encontramo-nos na frente de combate.

Esta capela foi mandada construir por Nuno Álvares Pereira no mesmo local onde esteve posicionado com a vanguarda portuguesa.

Comprove a intenção de Nuno Álvares Pereira lendo a inscrição em pedra junto à entrada. Se sentir dificuldade na leitura, não estranhe, é português do século XIV.

Ponto n.º 6 – Cronotelescópio 4

Nesta zona estavam algumas das armadilhas preparadas pelo exército português: covas de lobo e fossos.

No dia da batalha estes buracos estavam camuflados com vegetação.

Atualmente estão identificados pelos tijolos vermelhos, após terem sido descobertos nas primeiras escavações arqueológicas em 1958.

Comprove através da imagem do cronotelescópio o avanço castelhano sobre a frente portuguesa.

Ponto n.º 7 – Monumento

Este monumento é uma alegoria a Nuno Álvares Pereira e assinala a sua liderança militar em três batalhas decisivas contra a expansão castelhana.

Esta escultura data de 1959 e é da autoria de Raúl Xavier.

Ponto n.º 8 – Carriagem / Parque de Merendas

Lembra-se do significado da palavra carriagem?

No ponto nº 2 deste percurso avistou-a e agora encontra-se nesse local, onde foi instalado o acampamento português.

O trem de apoio de um exército era, normalmente, constituído por: cabeças de gado e meios necessários à sua confeção, equipamento militar e ferreiros responsáveis pela sua manutenção, boticários que cuidavam dos feridos e tendas onde tudo se acomodava.

Exploração do Campo da Batalha de Aljubarrota

CIBA – exploração do campo de batalha

O CIBA foi desenhado de forma a proporcionar ao visitante uma visita completa, agradável e de fácil acesso.

A descoberta da Batalha de Aljubarrota acontece em 3 salas interativas e no espaço envolvente ao edifício, o outrora campo de batalha.

No interior do Centro é possível viajar no tempo através de um espetáculo multimédia, encontrar armadilhas e ossos de combatentes com mais de 600 anos, assim como manusear réplicas de armas da época.

A exploração do exterior é feita através de um percurso lógico e coerente, de forma a tornar clara e percetível a leitura do local onde decorreu esta batalha em 1385, sendo possível percorrer parte do Campo e reconhecer a posição inicial dos exércitos.

Quatro óculos especiais espalhados pelo campo, os cronotelescópios, posicionam o visitante em pleno combate.

Parque Aventura de São Jorge – Arborismo temático

Corria o ano de 1385 e o inimigo castelhano entrara em Portugal com milhares de soldados muito bem armados, com cavalaria pesada e artilharia, prontos a colocar cerco cidade de Lisboa!

Na hoste castelhana, seguiam os troms, canhões capazes de derrubar as muralhas de um castelo e outras armas de cerco.

Portugueses e ingleses lutaram com afinco pela independência do país, usando bestas e arcos, dardos e lanças, cavando fossos e covas de lobo…

No Parque Aventura de São Jorge poderás aprender muitas outras histórias sobre as armas, as estratégias, as profissões de guerra, etc., mas para isso tens que percorrer o circuito de arborismo… Atreves-te?

Fontes: folheto e mapa de exploração do Campo de Batalha editados pela Fundação Batalha de Aljubarrota (com a devida autorização)