Dia dos Namorados – 14 de Fevereiro

Dia dos Namorados e Dia de São Valentim

No dia 14 de Fevereiro de cada ano, em muitos países do mundo, celebra-se o Dia de S. Valentim, também conhecido como Dia dos Namorados.

No Brasil, o Dia de S. Valentim é comemorado no dia 12 de Junho, véspera do 13 de Junho, data em que a Igreja Católica celebra a memória litúrgica de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.

Um ou três “Valentim”?

Nas listas de mártires mais antigas, elaboradas nos primeiros séculos da era cristã, existem pelo menos três santos com nome de Valentim, cuja memória é celebrada no dia 14 de Fevereiro: dois bispos sepultados em diferentes locais da Via Flamínia (Roma), e um terceiro que teria sido torturado e morto na África.

Também os dados que chegaram até aos nossos dias sobre esses três mártires “carecem de valor histórico“. Quer por serem escassos, insuficientemente fundamentados ou de data muito posterior à época em que se supõe que tenham vivido.

É admissível que ao longo dos séculos, os dados sobre a vida e morte desses três “Valentim” foram sendo unificados na memória popular, para dar lugar a um único S. Valentim.

Por volta do fim do século V, o papa Gelásio I acolheu as lendas sobre São Valentim e instituiu sua celebração no dia 14 de fevereiro.

No decreto papal afirmava-se que São Valentim era um daqueles “cujos nomes são venerados pelos homens, mas cujos atos só Deus conhece“, admitindo assim uma enorme falta de dados verosímeis sobre a respetiva vida e morte.

Entretanto, desde 1969 que o Dia de S. Valentim não é mais celebrado oficialmente pela Igreja Católica, dada a falta de comprovativos históricos que põem em questão até mesmo a sua existência.

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“Voz do povo é voz de Deus”

De qualquer modo, e seguindo o ditado de que “Voz do povo é voz de Deus”, o que perdurou até hoje é que S. Valentim foi morto por não abdicar da sua fé em Jesus Cristo nem naquilo que acreditava ser o mais correto.

O imperador Cláudio II proibiu a realização de casamentos em todo o seu império, durante as guerras, com o objetivo de garantir um grande número de jovens para o seu exército.

Ele acreditava que os jovens, se não tivessem família, mais facilmente aceitavam alistar-se nas suas legiões e melhor combateriam.

No entanto, um bispo (ou padre) romano, de seu nome Valentim, continuou a celebrar casamentos em sigilo absoluto, violando este decreto imperial.

Apesar de todo o secretismo, a atividade de Valentim foi descoberta e ele foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor.

Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Artérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “Teu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada.

Valentim terá sido decapitado em 14 de Fevereiro do ano 269 d.C. ou 270 d.C.

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A cristianização das Festas Lupercais

O início da festa em honra de S. Valentim no dia 14 de Fevereiro poderá ter tido início como uma forma de fazer esquecer, ou até de cristianizar, as Festas Lupercais, ou Lupercália, que se realizavam na Roma antiga, no dia 15 de Fevereiro de cada ano (XV Kalendas Martias), cinco semanas antes do início da Primavera.

Este era festival constituído por rituais pagãos em homenagem a Fauno Luperco (referente a “lupus“, lobo, ou para os gregos).

Essa entidade “protegia” os pastores e os rebanhos. Estas festas celebravam a fertilidade, homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan (deus da natureza). Também marcava o início oficial da primavera.

Um dos rituais desse festival era o passeio da fertilidade. Nele os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Seja como for, no dia 14 de Fevereiro de cada ano, em muitos países do mundo, pares de namorados continuam a fazer uma troca mútua de recados e juras de amor em forma de objetos simbólicos, sejam eles quais forem!

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(Adaptado de textos recolhidos na internet)