O azeite é cem por cento sumo de azeitonas!
Variedades de azeitonas mais representativas de Portugal
São dezenas as variedades de azeitonas existentes e que integram o “Catálogo Mundial da Oliveira“, cada qual com as suas características, origens e finalidades. As variedades de azeitonas mais representativas do nosso país são a Galega, Cordovil e Cobrançosa.
Galega
A Galega é a azeitona mais difundida no território português, oriunda das Beiras, Alentejo e Algarve.
O azeite obtido é doce e suave, caracterizando-se ligeira a medianamente frutado, com aroma acentuado de maçã madura e, também, de frutos secos.
Quando as azeitonas são apanhadas mais verdes, o azeite resultante é subtilmente amargo e picante.
Cordovil
Variedade típica de Portugal. Existe a azeitona Cordovil de Serpa ou Moura, de Elvas e de Castelo Branco.
O azeite é muito rico em ácido oleico, é muito fino, com frutado intenso e característico, acentuado verde de folha e medianamente amargo e picante.
Cobrançosa
Originária de Trás-os-Montes, produz um azeite muito apreciado. Medianamente frutado com notas alusivas a erva fresca, folha verde e também a tomate. E de intensidade média, de amargo e picante se as azeitonas são colhidas mais verdes, mas mais doce e suave se o fruto é colhido maduro.
Os azeites provenientes da variedade Cobrançosa podem ser mais ricos em polifenóis, logo, mais resistentes à oxidação.
Sabia que os azeites não são todos iguais?
Azeite Virgem Extra
Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro a azeitonas. Sem defeitos perceptíveis na prova organoléptica e cujo grau de acidez se encontra entre os 0% e 0,8%. Ideal para consumo direto e temperar a cru.
Azeite Virgem
Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro a azeitona sã. Com defeitos minimamente percetíveis, inferiores ou iguais a 3,5 (numa escala de 0 a 10) na prova organoléptica e cujo grau de acidez seja inferior a 2%. Apto para consumo direto e apropriado para utilizar em assados, sopas e refogados.
Azeite – composto por azeite refinado e virgem
Mistura de azeite refinado e azeite virgem ou virgem extra, com grau de acidez inferior a 2%. Ideal para fritar, por ser mais resistente a altas temperaturas, em comparação com os óleos alimentares.
DOP
O selo DOP – Denominação de Origem Protegida – garante que os azeites são produzidos numa área geográfica delimitada, em condições de solo e clima próprios e a partir de variedades específicas de azeitona definidas para essa zona.
No nosso país existem seis regiões de produção de azeite com certificação DOP: Azeite de Trás-os-Montes, Azeite da Beira Interior, Azeite do Ribatejo, Azeite do Norte Alentejo, Azeite do Alentejo Interior, Azeite de Moura.
Azeite Monovarietal
Azeites ainda raros no mercado português, são produzidos a partir de apenas uma variedade de azeitona.
Azeite Biológico
O azeite biológico é produzido a partir de oliveiras cultivadas em modo de produção biológica, obedecendo a regras muito restritas no que diz respeito à utilização de fertilizantes e produtos fitossanitários, sendo praticamente interdita a utilização de produtos químicos de síntese.
Para um azeite ser rotulado de biológico é necessária a certificação por uma entidade externa competente.
Origens do Azeite
900 a.C.
– O azeite chega à Europa Mediterrânica e à Península Ibérica, trazido pelos Fenícios e pelos Gregos
418 d.C. – Em Portugal, a oliveira terá surgido pela primeira vez na Era dos Visigodos (ano 418 a 711), tendo sido o azeite um dos primeiros produtos exportados pelos portugueses.
Conheça o processo produtivo dos nossos azeites
O processo produtivo do azeite é extremamente criterioso e cuidadoso, contando com a mais avançada tecnologia disponível nos dias de hoje, mas baseando-se na experiência de cultivo e produção tradicionais.
Apanha da azeitona
Realizada através de processos que permitem um melhor aproveitamento da colheita, sem agredir a oliveira.
Transporte
Logo após a colheita, as azeitonas são transportadas de forma cuidadosa e rápida (entre 4 a 6 horas) para o lagar, por forma a preservar o seu bom estado e garantir a máxima qualidade.
No lagar
As azeitonas são pesadas e submetidas a um rigoroso processo de limpeza.
Extração do azeite
As azeitonas seguem para um moinho onde são trituradas até formarem uma pasta. Em seguida, essa pasta é batida numa termo-batedeira, facilitando a separação do azeite.
A extração propriamente dita consiste na separação da fase sólida (o bagaço) da fase líquida (o azeite e a água de vegetação). E, por fim, o azeite é separado da água.
Avaliação
Os azeites são submetidos a uma série de rigorosos testes de laboratório que permitem analisar as suas características e proceder à sua classificação. Além disso, um painel de provadores oficiais avalia e classifica o perfil organoléptico do azeite, definindo o seu nível de frutado, amargo e picante.
Embalamento
Uma vez aprovado e caracterizado, o azeite é finalmente armazenado na sua embalagem final, protegido da luz.
Fonte: Folheto promocional (Continente Magazine) – Texto editado | Imagem de Ulrike Leone