O que deve saber sobre as oliveiras, as azeitonas e o azeite
As oliveiras, árvores milenares
As oliveiras são árvores milenares que possuem grande importância económica e cultural em várias regiões do mundo.
Originárias da região da Ásia Menor e do Mediterrâneo, essas árvores são conhecidas pela sua longevidade, resistência e pela produção de um dos óleos mais saudáveis e deliciosos do mundo: o azeite.
A antiguidade das oliveiras remonta a milhares de anos, sendo consideradas uma das culturas mais antigas cultivadas pelo homem.
Os primeiros registros da presença de oliveiras datam de cerca de 6.000 a.C., no Médio Oriente.
Foram os fenícios e gregos os responsáveis por disseminar o cultivo das oliveiras pelo Mediterrâneo, onde se tornou parte da cultura e da culinária local.
Oliveiras: características, cultivo e regiões
As oliveiras são árvores de porte médio a grande, com folhas pequenas e prateadas, que são características do clima mediterrâneo, no qual se desenvolvem melhor.
A sua colheita ocorre geralmente no outono, quando os frutos, as azeitonas, apresentam diferentes estágios de maturação. As azeitonas podem ser verdes, roxas ou pretas, dependendo do momento da colheita.
As regiões do mundo onde as oliveiras se dão melhor são aquelas de clima mediterrâneo, caracterizado por verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos.
Países como Espanha, Itália, Grécia, Portugal, Tunísia, Turquia e Marrocos são os maiores produtores mundiais de azeitonas e de azeite.
Em Portugal, o cultivo das oliveiras é bastante comum, principalmente nas regiões do Alentejo e Trás-os-Montes.
A azeitona portuguesa é conhecida pela sua qualidade e sabor único, sendo utilizada na produção do famoso azeite português.
Para ler: Atividades agrícolas com as oliveiras, nos olivais
As azeitonas: tipos, conservação e benefícios do consumo
Existem diversos tipos de azeitonas em Portugal, cada uma com suas características específicas.
Alguns exemplos são a Galega, a Cobrançosa, a Cordovil, a Verdeal, entre outras.
Cada uma dessas variedades apresenta formas, tamanhos, cores e sabores diferentes, o que confere uma diversidade única ao azeite português.
Para conservar as azeitonas, é importante armazená-las em recipientes limpos e secos, protegidos da luz e do calor. O ideal é conservá-las em azeite, vinagre ou salmoura, garantindo assim sua qualidade e durabilidade por um período mais longo.
O consumo de azeitonas traz diversos benefícios para a saúde, já que são ricas em antioxidantes, ácidos graxos monoinsaturados e vitaminas.
Além disso, as azeitonas são conhecidas por fortalecer o sistema imunológico, prevenir doenças cardiovasculares e reduzir o colesterol ruim.
Para ler: Azeitonas de Elvas | Produtos regionais de Portugal
O azeite: benefícios do seu consumo
O azeite, por sua vez, é considerado um alimento funcional, devido aos seus inúmeros benefícios para a saúde.
Tal como o consumo das azeitonas, o consumo de azeite também traz inúmeras vantagens para a saúde.
Rico em ácidos graxos monoinsaturados, vitamina E e polifenóis, o azeite possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cardioprotetoras.
Estudos apontam que o consumo regular de azeite de oliva pode reduzir o risco de doenças crónicas, como diabetes, cancro e Alzheimer.
No entanto, é importante ressaltar que o azeite deve ser consumido com moderação, evitando seu uso em excesso, devido ao seu alto teor calórico.
Recomenda-se optar por azeites extravirgens, de qualidade superior, já que são aqueles que preservam as propriedades nutricionais e sensoriais do azeite de forma mais eficaz.
Resumindo…
Em suma, as oliveiras e suas preciosas azeitonas são símbolos de tradição, saúde e bem-estar.
Com inúmeros benefícios para a saúde e para a culinária, essas árvores milenares continuam a encantar e a nutrir gerações de pessoas ao redor do mundo.
Por isso, é fundamental valorizar e preservar esse património da natureza, garantindo assim que as oliveiras continuem a presentear-nos com o néctar dourado que é o azeite.
A oliveira na Bíblia
“A oliveira é, pela primeira vez, mencionada em Gn 8.11, quando a pomba voltou para a arca de Noé com um ramo daquela árvore.
Havia na Terra Santa muitas oliveiras, quando os israelitas tomaram posse dela (Dt 6.11) – e acham-se associadas com as vinhas como sendo uma fonte de riqueza (1 Sm 8.14 – 2 Rs 5.26).
As azeitonas eram colhidas, batendo a árvore, ou sacudindo-a (Dt 24.20) – e era destinada para os respigadores uma parte (Êx 23.11).
o azeite era extraído, esmagando ou pisando o fruto (Êx 27.20 – J12.24 – Mq 6.15).
Há referência ao uso da madeira de oliveira em 1 Rs 6.23 – e ainda se emprega na Palestina em obra de gabinete.
Uma coisa tão conhecida era naturalmente empregada como símbolo.
Um homem justo é comparado à oliveira por causa da sua verdura e da sua abundância (Sl 52.8 – os 14.6), e os seus filhos são descritos como ramos de oliveira (Sl 128.3).
Elifaz diz dos maus: ‘E deixará cair a sua flor, como a oliveira’ (Jó 15.33), referindo-se à maneira como algumas vezes as flores caem abundantemente da árvore.
O fruto da oliveira, no seu estado silvestre, é pequeno e sem valor – mas torna-se bom e abundante quando na silvestre se enxerta um ramo de boa árvore.
Paulo serve-se desta circunstância de um modo admirável para mostrar aos gentios os benefícios que haviam recebido do verdadeiro Israel (Rm 11.17) – é contrário à natureza, diz ele, enxertar um ramo silvestre num tronco de boa árvore.” 1