Os bivalves são muito apreciados na gastronomia portuguesa

Os bivalves

Os bivalves são moluscos marinhos que “possuem as partes do corpo moles encerradas num exosqueleto sob a forma de uma concha, composta por duas valvas calcárias e alimentam-se por filtração.”

Em Portugal, existem diversas espécies de bivalves que habitam

– as águas do oceano Atlântico,

– do mar Mediterrâneo

– e do estuário de alguns rios, nomeadamente do Tejo e do Sado.

Cada uma destas espécies com as suas particularidades e importância para o ecossistema marinho.

Um dos bivalves mais conhecidos e apreciados em Portugal é a amêijoa.

Existem várias espécies de amêijoas nas águas portuguesas, sendo a mais comum a amêijoa-boa (Tapes decussatus). Este molusco é bastante apreciado na gastronomia portuguesa e é utilizado em diversos pratos típicos, como a “amêijoa à Bulhão Pato” e a “cataplana de amêijoas“.

Outro bivalve muito apreciado em Portugal é a ostra.

Existem diversas espécies de ostras nas águas portuguesas, sendo a mais comum a ostra-europeia (Crassostrea gigas). As ostras são muito apreciadas pelo seu sabor intenso e são utilizadas em pratos sofisticados da alta gastronomia portuguesa.

As conquilhas são também bivalves muito comuns nas águas portuguesas.

Existem várias espécies de conquilhas, sendo a mais comum a Donax trunculus. Este bivalve é muito apreciado pela sua textura carnuda e sabor suave e é utilizado em pratos tradicionais como a “açorda de conquilhas”.

Além destas espécies mais comuns, existem ainda outros bivalves que habitam as águas portuguesas, como as lapas, as vieiras, as amêijoas-japonesas, o berbigão, o mexilhão e a navalha (longueirão ou lingueirão).

Os bivalves na gastronomia

Estes moluscos são também muito apreciados na gastronomia portuguesa e são utilizados em diversos pratos típicos da culinária local. Eles têm uma “grande importância na dieta humana por serem fonte de nutrientes essenciais e por fornecerem proteína de elevada qualidade biológica.

Contudo, os benefícios do seu consumo são contrabalançados com o perigo de exposição do consumidor a substâncias poluentes que se podem acumular nas partes edíveis, o que constitui um fator de risco para a saúde humana.

Papel dos bivalves nos ecossistemas marinhos

Os bivalves desempenham um papel fundamental nos ecossistemas marinhos. Eles atuam como filtros naturais que ajudam a manter a qualidade da água. Estes moluscos alimentam-se de partículas em suspensão, como algas e detritos, contribuindo para a limpeza e purificação dos oceanos.

No entanto, a exploração excessiva e a poluição dos mares têm colocado em risco a sobrevivência dos bivalves nas águas portuguesas.

O excesso de apanha de bivalves e a degradação do meio ambiente marinho têm levado à diminuição das populações destes moluscos, colocando em perigo não só a biodiversidade marinha, mas também a atividade económica de pescadores e mariscadores que dependem da captura e comercialização destes animais.

Para garantir a sustentabilidade da pesca de bivalves em Portugal, é fundamental adotar medidas de gestão e conservação dos recursos marinhos, como a implementação de quotas de pesca, a criação de áreas protegidas e a promoção de práticas de pesca sustentável.

A preservação dos bivalves

A preservação dos bivalves nas águas portuguesas é essencial para garantir a saúde dos ecossistemas marinhos e o desenvolvimento sustentável das comunidades costeiras que dependem destes recursos naturais.

Em resumo, os bivalves são moluscos marinhos importantes nas águas portuguesas, desempenhando um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas marinhos e na gastronomia local.

É necessário adotar medidas de conservação e gestão dos recursos marinhos para garantir a sustentabilidade da pesca de bivalves em Portugal e proteger o património natural e cultural associado a estes animais.