São Sebastião celebra-se a 20 de janeiro
Quem foi São Sebastião?
São Sebastião :– “Protetor contra a peste” e – “Padroeiro dos arcabuzeiros e dos soldados, dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros”.
A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de São Sebastião no dia 20 de Janeiro.
Sobre este mártir, pouco mais se sabe do que o seu suplício, quando o amarraram a um poste e crivado de flechas, cerca de 302-304, e do que o seu enterro nas catacumbas da Via Ápia.
Segundo a tradição e Jacques de Voragine, ele nasceu em Narbona, França, foi criado em Milão e alistou-se no Exército imperial em 283, em Roma, dissimulando a sua fé cristã.
Diocleciano nomeou-o comandante da guarda pretoriana, posto de confiança que lhe permitiu reconfortar moralmente os seus irmãos condenados à morte.
Voragine encontra traços comoventes para descrever a cena onde os pais de Marcus e Marceliano, dois gémeos que iam ser decapitados, vão suplicar a Sebastião que os livre de tal sorte.
Longe de ceder às lamentações, Sebastião exorta os gémeos à coragem. Depois, converte os pais, Tranquilino e Márcia, o carcereiro Nicostrato e a sua mulher Zoé, que cura da mudez. Converte-te, também, os irmãos, as mulheres e os filhos, num total de 68 pessoas.
O governador de Roma, Cromácio, gravemente ferido, aceita partir os seus ídolos para ser curado por ele. Logo depois, converte-se com o seu filho Tibúrcio e 1040 escravos, que em seguida liberta.
O proselitismo de Sebastião, soldado de Cristo, é contudo considerado pouco compatível com as suas funções militares de pretoriano.
Os convertidos, de Tranquilino a Tibúrcio e Zoé, são chacinados numa nova vaga de perseguições. Sebastião é convocado pelo imperador, que condena a sua traição.
Martirizado duas vezes: com flechas e posteriormente espancado!
Sebastião
justifica o seu jogo duplo dizendo que rezou a Deus pela salvação de Roma. No entanto, Diocleciano ordena que o atem a uma árvore e que seja crivado de flechas, “como um ouriço com os seus picos“.
Irene, viúva de Castulus, outro mártir, vendo que Sebastião sobreviveu à provação, restabelece-o, dá-lhe abrigo e cuida dele.
Tendo-se recomposto, Sebastião interpela o imperador Diocleciano, que manda espancá-lo até à morte e lançá-lo no grande esgoto de Roma, a Cloaca Máxima, onde Lucília o vai apanhar para o depositar, dignamente, junto das relíquias dos apóstolos.
São Sebastião é o terceiro patrono de Roma, depois de Pedro e Paulo.
Por motivos que se desconhecem: porque uma procissão em homenagem às relíquias do santo acabou com a epidemia de 680, em Roma, ou porque as setas evocaram os estigmas deste castigo divino, Sebastião foi venerado a partir do século VII como protetor contra a peste.
Estas mesmas flechas entronizaram São Sebastião como patrono dos arcabuzeiros e dos soldados, dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros.