Serra da Estrela – uma viagem pela História, Cultura e Natureza 

Uma viagem pela Serra da Estrela

Fornos de Algodres é o ponto de partida ideal para uma viagem pela Pré e Proto-História, com curtas paragens na era romana e medieval, e em outros tempos mais recentes – um dos bons exemplos é o Dólmen de Corga de Matança, situado entre as aldeias de Furtado e Matança. A sul de Vila Chã encontra-se o Castro de Santiago, onde foram descobertos machados de pedra polida, pontas de seta em sílex e cerâmicas datadas do III milénio a.C. O dólmen de Corticô, situado a meio da estrada de Algodres a Maceira, é outro monumento megalítico do V milénio a.C. 

Dólmen de Corticô.na estrada entre Algodres e Maceira
Dólmen de Corticô

Por outro lado, em Vila Ruiva, podemos encontrar uma Necrópole formada por 22 sepulturas escavadas na rocha, datada do século VII/XIII d.C. 

Celorico da Beira assentou o seu imponente castelo num vasto morro granítico, todo ele cercado por um anel de casario baixo e aconchegado ao longo de ruas estreitas, decoradas com portais góticos e janelas manuelinas. 

Vista aérea do Castelo de Celorico da Beira
Castelo de Celorico da Beira

Por sua vez, Linhares continua a manter todo o seu esplendor medieval nas ruas, nas casas aconchegadas a grandes penedos graníticos, no castelo, sabor da culinária antiga ou nas diversas casas medievais recuperadas para receber turistas. 

Continuando em direção à Guarda, é de destacar o Museu da Cidade, instalado no edifício seiscentista do antigo Seminário e ligado ao Paço Episcopal por uma Capela. 

Se optarmos pela Rota dos Descobridores da Serra da Estrela chegamos à Covilhã.

Aqui se situa a casa das Morgadas (séc. XVII) com o magnífico Salão dos Continentes, cujos tetos pintados a óleo com representações dos continentes conhecidos, são atualmente património classificado pela sua raridade.  

Visite o Museu de Lanifícios 1

É também de destacar o Museu de Lanifícios – Universidade da Beira Interior. Este museu foi instituído em 1989 com a finalidade de salvaguardar a área das tinturarias da Real Fábrica de Panos, uma manufatura de Estado fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. É um museu polinucleado que integra os seguintes núcleos 

Real Fábrica de Panos da Covilhã 

Classificadas como Imóvel de Interesse Público, as antigas tinturarias pombalinas reconstituem os processos manufatureiros do fabrico e do tingimento dos tecidos de lã mais utilizados em Portugal, nos finais do séc. XVIII. 

– Râmolas de Sol 

Núcleo ao ar livre, constituído por um conjunto de râmolas de sol utilizadas para secagem e estiragem ao ar livre dos tecidos de lã, após passagem pelos lavadouros, pisões ou tintes, e um estendedouro para espalhar e secar ao sol a lã em rama, depois de lavada. 

– Real Fábrica Veiga / Centro de Interpretação dos Lanifícios 

A Real Fábrica Veiga foi sede de uma empresa de lanifícios fundada, em 1764, na Covilhã por José Mendes Veiga a partir de uma oficina de tinturaria, localizada junto à Real Fábrica de Panos, de que ainda subsistem uma parte significativa das primitivas fachadas e algumas estruturas arqueológicas preservadas in situ. 

Continue a viagem…

A chegada a Belmonte impõe passagem pelo Panteão dos Cabrais. Situado na Igreja de S. Tiago, reúne os túmulos da família Cabral, bem como restos mortais do próprio Pedro Alvares Cabral, retirados de Santarém e trazidos para Belmonte em 1961. Pertencente ao

concelho de Gouveia, a aldeia de Folgosinho, possui um museu com vestígios das ruas antigas onde há memória de judeus e a famosa lápide da Baixa Idade Média. 

Esta viagem pela Serra da Estrela fica completa passagem por Pinhel, com uma visita ao conjunto de gravuras rupestres, de elevado valor patrimonial. 

Vista aérea de parte de Pinhel
Pinhel

Fonte: “Descobrir Portugal” + 1 VisitCovilhã