Jean de La Fontaine – síntese da vida e obra

Jean de La Fontaine (1621–1695) foi um dos maiores escritores franceses, amplamente reconhecido pelas suas fábulas, que se tornaram clássicos da literatura universal.

Nascido em Château-Thierry, França, numa família de classe média, La Fontaine recebeu uma educação formal em direito, mas a sua verdadeira paixão revelou-se na literatura e na poesia.

Vida

La Fontaine viveu durante o período do Rei Luís XIV, conhecido como o “Rei Sol”, numa França culturalmente efervescente.

Embora não tenha tido uma vida financeiramente estável, conseguiu manter-se próximo de círculos literários e nobres que apoiaram o seu trabalho, como Fouquet, ministro de Luís XIV, e posteriormente Madame de La Sablière.

A sua vida pessoal foi marcada por dificuldades financeiras e algum afastamento da família, mas ele dedicou-se à escrita, tendo produzido obras que resistiram ao tempo.

Obra

A obra de Jean de La Fontaine é rica e diversificada, abrangendo poesia, teatro e narrativas. Contudo, são as suas “Fábulas” que lhe garantiram um lugar destacado na história da literatura.

As fábulas foram publicadas em várias coleções ao longo da sua vida, entre 1668 e 1694. Inspiradas nos escritores clássicos como Esopo e Fedro, estas histórias apresentam animais com características humanas e transmitem lições morais.

A simplicidade do estilo esconde uma profunda análise da sociedade e da condição humana.

Entre as fábulas mais famosas de La Fontaine, destacam-se:

  • “A Cigarra e a Formiga” – Uma reflexão sobre a importância do trabalho e da precaução.
  • “O Corvo e a Raposa” – Uma sátira sobre a vaidade e a manipulação.
  • “O Lobo e o Cordeiro” – Uma crítica às injustiças sociais e ao abuso de poder.

Além das fábulas, La Fontaine escreveu poemas, contos e peças de teatro. A sua linguagem era acessível, mas com uma sofisticação que encantava tanto o público geral quanto os intelectuais.

Legado

Jean de La Fontaine é lembrado como um mestre da narrativa e um observador perspicaz da natureza humana.

As suas fábulas continuam a ser estudadas e adaptadas em todo o mundo, graças à sua relevância atemporal e universal.

Ele faleceu em 1695, mas a sua obra permanece viva, influenciando escritores e leitores até os dias de hoje.