INOVCLUSTER reconhecida como “cluster de competitividade” até 2030

Governo português decide voltar a reconhecer a InovCluster como “cluster de competitividade”Associação, com 15 anos de atividade desde Castelo Branco, Portugal, foca na “valorização económica e social do conhecimento” e em estratégias de eficiência coletiva entre os clusters

A InovCluster — Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro, com sede em Castelo Branco, obteve do Governo de Portugal, por meio da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), a renovação do reconhecimento de cluster de competitividade até 2030.

Com mais de 38 projetos realizados e sete em andamento, a InovCluster empenha-se na “valorização, inclusive com recursos, de diferentes setores da atividade económica”.

Segundo fontes, a renovação “consagra uma trajetória de 15 anos dedicada à contribuição da produtividade nacional e internacional da Região Centro de Portugal, bem como das empresas em processos de inovação”, inclusive a agroalimentar e também a “transferência de conhecimento, formação, desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos, marketing e internacionalização”.

Com as atividades da InovCluster em avaliação pela IAPMEI para certificar os seus propósitos com relação aos “clusters de competitividade com impacto nacional”, o reconhecimento sinaliza também a importância da associação e do entendimento sobre a relevância e “valorização económica e social do conhecimento”, bem como dos “domínios das transições ecológicas e digital”.

A diretora-executiva da InovCluster, Christelle Domingos, explicou que o “reconhecimento dos clusters de competitividade nacional visa incentivar a mobilização dos atores económicos para a partilha colaborativa de conhecimento”.

Esta responsável realçou ainda que as “ações” estão centradas na “eficiência coletiva nos domínios da investigação e desenvolvimento e inovação, da capacitação, da internacionalização e na sustentabilidade dos recursos que permita dar à economia nacional uma dimensão tendencialmente mais global”.

Num mundo onde a norma é a globalização e a busca incessante das nações por novas cadeias económicas, a InovCluster alinha-se ao continente europeu por uma “transição” de “neutralidade climática e para a liderança digital, visando traçar uma estratégia industrial consubstanciada na inovação dos ecossistemas industriais que definiu e onde as PME devem ser tidas em conta em todas as ações no âmbito desta estratégia”.

A InovCluster, apoiada pelo Município de Castelo Branco, integra um consórcio com mais duas entidades, resultado de um protocolo entre a PortugalFoods e a PortugalFresh: ambas mantêm as suas identidades e figuras jurídicas e criam estratégias individuais em prol do setor, sempre focadas na eficiência coletiva.

“Com a agregação das três entidades num só Cluster será possível reforçar a participação ativa dos diversos parceiros institucionais e setoriais e, principalmente, das empresas, na construção de uma estratégia coletiva de suporte à internacionalização e à inovação do sector agroalimentar”, comentou Christelle Domingos.

INOVCLUSTER reconhecida como “cluster de competitividade” até 2030

Esta união de clusters estabeleceu marcas de sucesso e desenvolvimento económico de dinamização do setor agroalimentar e conta “com 387 empresas Associadas (90,6% dos Associados) e 40 outros Associados (entre os quais 24 entidades do SI&I), o Portuguese AgroFoood Cluster representa uma enorme diversidade de atores relevantes de todas as regiões do País”.

Note-se que a InovCluster conta “147 associados, dos quais 112 são empresas, 15 são Associações/Cooperativas, 12 Instituições de Ensino Superior, Instituições de I&D ligadas ao setor agroindustrial e agroalimentar e oito entidades públicas”.

A importância das ações internacionais dos clusters reflete, conforme dados avançados em 2023 pela AICEP, uma entidade pública: “as exportações do setor agroalimentar representaram 12,83% das exportações totais portuguesas de bens, demonstrando a relevância do setor para a economia e a competitividade do país. Em 2023, Portugal exportou para 177 mercados, representando os cinco principais mercados (Espanha, França, Brasil, Países Baixos e Reino Unido), cerca de 58,95% das exportações totais do setor”.

O reconhecimento de 17 clusters por parte do governo português foi divulgado no Diário da República, no dia 7 de janeiro deste ano, onde o governo evidencia que todas estas ações são “essenciais para a competitividade da economia nacional” e “visam incentivar a mobilização dos atores económicos para a partilha colaborativa de conhecimento, centrada em ações de eficiência coletiva nos domínios da investigação e desenvolvimento e inovação, da capacitação, da internacionalização e na sustentabilidade dos recursos que permita dar à economia nacional uma dimensão tendencialmente mais global”.

Ígor Lopes