NERVIR promove os vinhos do Douro e Porto

NERVIR trás ao Douro Opinion makers e importadores de vinho

Soul Wines – Vinhos com Alma

Vai decorrer de 18 a 22 de setembro um conjunto de visitas de Opinion Makers e Importadores a empresas produtoras de vinhos do Douro e Porto, no âmbito Projeto conjunto de internacionalização Soul Wines – Vinhos com Alma.

Vão estar presentes Importadores e Opinion Makers dos Estados Unidos, China, Alemanha e Polónia que durante uma semana visitarão as empresas inseridas no projeto Soul Wines – Vinhos com Alma. São as seguintes as empresa participantes:

Vitavitis Unipessoal Lda, Quinta da Rede Sociedade Agrícola Lda, PNC | Parceiros na Criação, D’Origem Wines, Sobredos Lda, Maria Helena de Sousa Alves, Adega Cooperativa de Sabrosa, C.R.L, Mário Braga, Herdeiros, Mss Douro Wine & Gourmet Products Lda, Coimbra de Mattos, Lda, José António Fonseca Augusto Guedes Unipessoal, Lda., Domingos Alves de Sousa

O objetivo central do projeto Soul Wines, visa a capacitação para a internacionalização das PME’s produtoras e exportadoras de vinhos da região do Douro, beneficiárias do projeto para os mercados externos, através de ações de promoção da oferta nacional, onde se inclui esta missão inversa, contribuindo assim para o aumento da competitividade das empresas do setor.

A propósito dos vinhos do Douro e Porto:

«A verdade é que o Douro é hoje quase a única região cujos vinhos podem ser escolhidos com a certeza de não se ter «gato por lebre», ou zurrapa em vez de líquido honesto. (…)

É nos contrafortes da Serra do Marão, quando esta começa a ajoelhar-se em socalcos perante o Douro, que medram as cepas que nos oferecem dos melhores vinhos de mesa do país. (…)

São vinhos que nascem neste palco em degraus, onde se representa o maior drama da vida rural portuguesa: a lavra da vinha do Douro. O ciclo do vinho ocupa aqui o cerne de todas as canseiras que marcam a sucessão das estações do ano para as gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro. Em especial a azáfama colorida das vindimas quando, no final do Verão, as encostas começam a trocar o verde profundo pelas tonalidades amarelas e acastanhadas que acompanham e assinalam o amadurecimento da uva. O momento em que se aproxima o culminar de um encadeamento de actos de uma cultura ancestral, quando as passadas esforçadas, acima e abaixo naquelas encostas íngremes, prenunciam a chegada do cálido tinto ou do fresco branco ao copo do provador. (…)

A conjugação das características morfológicas, geológicas (ou litológicas, melhor dito), climatéricas e agrícolas da região duriense deu origem a um ambiente muito particular, que o vinhateiro soube, ao longo de séculos de adaptação, aproveitar para fazer evoluir a qualidade do seu produto final: o vinho.

Felizmente para os apreciadores de bom vinho, a procura não justifica o desvio de toda a produção para ter como destino o generoso vinho do Porto. Pois a verdade é que praticamente todos os vinhos do Douro possuem as condições essenciais para deles se fazer vinho fino, ou do Porto.

Este «ouro líquido», que «come pedras e bebe sol», transforma uma região agreste e montanhosa numa das mais ricas do país.

Tendo sido a primeira região do mundo a ser delimitada como região demarcada de vinhos, em 1756, ocupa a maior parte do vale do Douro e dos vales de embocadura dos seus afluentes entre Barca d’Alva e Barqueiros.»

E sobre a Região Demarcada do Douro:

«Por volta do século XII, chegam ao Vale do Douro os monges brancos de Cister (Rota de Cister). Criam mosteiros (São João de Tarouca, Santa Maria de Salzedas, S. Pedro das Águias) e ensinam as gentes durienses a aperfeiçoar o cultivo da vinha e a fabricar diferentes vinhos. Da Idade Média, permanece ainda no território uma rede de castelo edificados ou reconstruídos, em grande parte no reinado de D. Dinis (XII-XIV), para a defesa do reino contra os inimigos leonês e castelhano (Lamego, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro, Numão).

No dealbar da Idade Moderna, D. Manuel favorece o transporte e o comércio dos vinhos do Douro até à cidade do Porto. A ligação do Douro ao Porto começa a cimentar-se nesse período (barcos rabelos). No século XVII, surge a primeira alusão ao “vinho do Porto”. Neste mesmo século, o vinho do Porto já é exportado para Inglaterra. O Tratado de Methuen (1703) veio impulsionar ainda mais o comércio do vinho do Porto para Inglaterra.

No século XVIII, a crise nas exportações do vinho do Porto leva a grandes vinhateiros a pedirem a intervenção do Estado. O ministro de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo (mais tarde Marquês de Pombal), cria, em 1756, a “Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Douro”. O Douro converte-se, assim, na mais antiga Região Demarcada do Mundo.

No século XIX, ficam nos anais da viticultura duriense duas figuras notáveis: Dª Antónia Ferreira, uma excepcional gestora de várias Quintas do Douro, e o 1º barão de Forrester, Joseph James Forrester, um dos principais comerciantes dos vinhos do Porto, na altura