Beato Gonçalo de Amarante – 10 de janeiro
O beato Gonçalo nasce numa família nobre em Tagilde, na região de Guimarães, Portugal, nos inícios do século XIII (c. de 1200).
Após receber cuidadosa educação no convento beneditino do Pombeiro, vai para Braga, onde, ao fim de alguns anos, é ordenado presbítero.
Gradualmente, apura-se, na reflexão e no estudo, o espírito singular do jovem sacerdote, que não tarda a erguer-se ao plano superior dos homens notáveis da época.
Vai em devota peregrinação a Roma, onde visita os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e de onde parte para mais longínqua romagem – aos lugares santos de Jerusalém.
Quando regressa ao país, corre as terras de entre Douro e Minho pronunciando em numerosas localidades ardentes e fervorosas prédicas, confirmadas com milagres.
Professa no convento dominicano de Guimarães.
Para Gaspar Estaço, receberá mesmo a dignidade de cónego da colegiada vimaranense. Mas não se fixa ainda; vai com outros companheiros de hábito instalar-se em Amarante, ou melhor, no lugar onde outrora existira um agregado próspero, que desaparecera entre os incidentes e devastações das guerras que assolaram Portugal por essa altura.
Fr. Gonçalo edifica a capela de Nossa Senhora da Assunção num rochedo suspenso sobre o Tâmega, e há quem lhe atribua a construção de uma ponte sobre o mesmo rio; e torna-se incansável protetor da gente humilde daquela zona, que pede auxílio, necessita de apoio na doença ou se acolhe à sua bondosa intercessão para obter conforto e assistência.
Assim procede enquanto lhe dura a vida e por isso, na altura da morte, que terá caído (segundo Fr. Luís de Sousa) a 10 de janeiro de 1262, todos o choram, guardando o culto da sua lembrança e das suas virtudes.
A festa litúrgica do beato Gonçalo é concedida a Portugal pelos papas Júlio III e Pio IV – que o beatifica, segundo se supõe, a pedido de D. João III, em 16 de setembro de 1561.
O mesmo rei manda construir em 1540, no local da primitiva ermida, o templo e convento que ainda hoje existem, onde repousa o corpo do beato.
Fonte: Santos de cada dia, Braga, Editorial A.O.
