Conferência sobre a aldeia de Vilarinho da Furna

 

No dia 30 de Junho de 2018, com início às 15h00, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte (Estrada Nacional 8, 2670-331 Loures), o Professor Dr. Manuel Antunes vai proferir uma conferência com o título “Vilarinho da Furna: História e Tradições Populares de uma Aldeia Afundada”.

Esta iniciativa insere-se no âmbito da edição do FolkLoures’18, organizado pelo Grupo Folclórico Verde Minho, e será apoiada pela projecção de interessantes imagens que retratam os usos e costumes das gentes de Vilarinho da Furna, antes da aldeia ter ficado submersa nas águas da albufeira da barragem.

Vilarinho da Furna era uma aldeia habitada, em 1970, por cerca de 250 pessoas, que a tiveram de abandonar devido à construção de uma barragem, inaugurada a 21 de Maio de 1972, localizada no concelho de Terras de Bouro, e sendo alimentada pelo Rio Homem. Submersa pelas águas, as ruínas da aldeia são visíveis sempre que a barragem está vazia.

O conferencista, Manuel de Azevedo Antunes, é doutorado em Ciência Política (2009). Estudante nas Universidades de Lisboa (1966-1976) e Paris – Sorbonne (1976-1977), desenvolveu atividade docente nas Universidades de Lisboa (1975-1992) e Maputo (1979-1987). Foi Consultor das Nações Unidas (1989), em Moçambique. Na Guiné- Bissau (1988-1992), participou, como coordenador, metodólogo e estatístico, no Inquérito Demográfico e Sanitário, para o Ministério da Saúde, com apoio do Banco Mundial. É, atualmente, Professor Associado e Investigador na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Preside a AFURNA – Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna, tendo publicado “Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Regra do Jogo, 1985), “Requiem por Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Biblioteca da Universidade Lusófona, 1994) e “Vilarinho da Furna, Memórias do Passado e do Futuro” (Lisboa: Centro de Estudos da População, Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2005). Fonte

Relativamente ao espaço onde vai ser proferida a conferência, importa dizer que este “foi edificado a partir da recuperação e ampliação do Palácio dos Marqueses da Praia e de Monforte. Constituído por dois pisos, concilia, de forma funcional, as fachadas de uma casa apalaçada de meados do século XIX, com uma construção moderna que se desenvolve em torno do espaço nuclear que é a ampla sala de sessões. Neste palácio funcionaram, entre 1887 e 1893, os primeiros Paços do Concelho de Loures. A título de curiosidade, refira-se que a primeira reunião de câmara ocorreu no dia 7 de Julho de 1887, sob a presidência de Anselmo Braamcamp Freire. Contudo, em 1893, o edifício foi desocupado, passando a ser utilizado pelo marquês da Praia e de Monforte. Em 1999, após anos em estado de ruína e abandono, a empresa Credifilis adquiriu a propriedade aos herdeiros do marquês, tendo os terrenos e o palácio sido doados, em Junho de 2000, à Câmara Municipal de Loures“. Fonte