As Cruzadas: Jerusalém e as Ordens de Cavalaria
As Ordens de Cavalaria
O conceito de missão inerente ao cristianismo está ligado ao ideal de cruzada: pretende-se completar a obra de difusão do primeiro milénio e derrotar o poder dos infiéis.
Nos territórios conquistados da Palestina e da Síria, fundam-se estados cristãos governados pelos cruzados, verdadeiros baluartes contra o paganismo.
Eles são defendidos pelas ordens de cavalaria, um novo tipo de comunidade nascido no decorrer da cruzada, e cujos membros unem numa única pessoa o monge e o cavaleiro.
As ordens de cavalaria mais importantes foram:
1.- Os Templários
Ordem fundada em 1119 por oito cavaleiros franceses. Os seus membros impunham-se os votos de pobreza, castidade, obediência e protecção dos peregrinos.
O seu nome deriva da sede principal da ordem, o «templo de Salomão» em Jerusalém, e a sua regra foi concebida por Bernardo de Claraval. Saber +
2.- Os Hospitalários
Ordem surgida no ano de 1137, em Jerusalém, por iniciativa dos cavaleiros que prestavam assistência no Hospital de São João. A sua boa organização no tratamento dos enfermos foi tomada como modelo pelos hospitais da Idade Média ocidental.
O fulcro da regra é a tradução na acção do amor ao próximo segundo a vontade de Cristo. Após a queda de São João de Acre (Akkon), em 1291, e da mudança da Ordem para Rodes e depois para Malta, o seu nome passou a ser Ordem de Malta.
3.- A Ordem dos Cavaleiros Teutões
Fundada em 1190, como ordem hospitalária, por cidadãos alemães de Bremen e Lubeque em Akkon.
O grão-mestre mais importante da Ordem foi Hermann von Salza, ligado a Frederico II por laços de amizade.
O feito mais importante desta ordem foi uma cruzada levada a cabo no interior da Europa (à qual o Papa concedeu os mesmos privilégios de que disfrutavam as Cruzadas à Terra Santa), para sujeição e conversão dos Prussianos; dela resultou a fundação do estado prussiano (em princípio do século XIII).
A cristianização dos países bálticos, enfim, está relacionada com a fundação da Ordem da Espada em 1202. (1)
Fonte: (1) História Universal Comparada – vol. V, págs 208 e ss. | Imagem de destaque