Não feche os olhos à perseguição religiosa!
Não feche os olhos à perseguição religiosa!
A apresentação ao fim da tarde de ontem [22 de junho] na Assembleia da República do Relatório da Fundação AIS sobre a Liberdade Religiosa no Mundo foi o último momento da comemoração, pelo Parlamento, do Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso.
A intervenção de Augusto Santos Silva marcou o evento, com diversos alertas para “os sinais muito preocupantes” quando se olha para o mapa da perseguição e discriminação religiosa presente no Relatório da Fundação AIS.
“O facto de no mapeamento a traço grosso a União Europeia, por exemplo, não aparecer, e de Portugal também não aparecer [com nenhum incidente relevante], não nos deve tornar menos vigilantes, porque numa análise mais fina nós podemos ver sinais preocupantes ou sementes de desigualdade entre as religiões e mesmo de perseguição religiosa. (…) A islamofobia, a cristofobia, o antissemitismo, não estão ausentes da realidade dos países da União Europeia”.
A sessão, que decorreu no auditório Almeida Santos, contou ainda com uma intervenção
– do presidente da Comissão para a Liberdade Religiosa, José Vera Jardim,
– do ‘publisher’ do Observador, o jornalista José Manuel Fernandes,
– e do padre Bernard Adukwu, oriundo da Diocese de Idah, na Nigéria,
– e de Catarina Martins de Bettencourt, diretora da Fundação AIS em Portugal, que deixou um desafio ao Parlamento português:
“Gostaria de vos convidar a associarem-se, em Novembro, a uma iniciativa internacional da Fundação AIS, conhecida como ‘Red Week’ – semana vermelha – e que tem como objectivo precisamente chamar a atenção da comunidade para todos os que são vítimas de violência por causa da fé“.
Um desafio que parece ter sido aceite.
Augusto Santos Silva disse que ia falar no assunto, “e com todo o gosto”, à conferência de líderes, ou seja, aos responsáveis pelos vários grupos parlamentares representados no Parlamento português.

