Sobre os Dogmas Marianos na Igreja Católica
Os Dogmas Marianos são verdades de fé definidas oficialmente pela Igreja Católica sobre a figura da Virgem Maria, Mãe de Jesus.
Estes dogmas representam elementos fundamentais da doutrina mariana e têm como objetivo afirmar o papel único e singular de Maria na história da salvação.
Atualmente, existem quatro dogmas marianos proclamados oficialmente pela Igreja:
1.- Maternidade Divina (Theotókos)
Proclamado no Concílio de Éfeso, em 431 d.C.
Este dogma afirma que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (em grego, Theotókos), pois deu à luz Jesus Cristo, que é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O dogma não se refere apenas à maternidade biológica, mas à união hipostática – ou seja, à união das naturezas divina e humana na única pessoa de Jesus.
Este dogma reforça a centralidade de Cristo e garante que a divindade de Jesus não é afetada pela sua encarnação.
2.- Virgindade Perpétua
Este dogma sustenta que Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Assim, Maria concebeu Jesus por obra do Espírito Santo, permanecendo sempre virgem:
- Virgindade antes do parto: Maria concebeu sem intervenção humana.
- Virgindade durante o parto: Jesus nasceu sem violar a integridade física de Maria.
- Virgindade após o parto: Maria não teve outros filhos.
Este dogma não foi proclamado formalmente num único momento, mas a sua aceitação é muito antiga e remonta aos primeiros séculos do Cristianismo. Ele foi reafirmado oficialmente pelo Concílio de Latrão em 649, sob o Papa Martinho I, e reforça a pureza e total dedicação de Maria ao plano de Deus.
3.- Imaculada Conceição
Proclamado pelo Papa Pio IX em 1854, na bula Ineffabilis Deus
Segundo este dogma, Maria foi concebida sem a mancha do pecado original, desde o primeiro instante da sua existência. Por graça especial de Deus, em vista dos méritos de Cristo, Maria foi preservada do pecado original.
Este dogma sublinha a santidade única de Maria, escolhida desde sempre para ser a Mãe do Salvador.
4.- Assunção de Maria
Proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, na constituição apostólica Munificentissimus Deus
A Assunção de Maria refere-se à sua elevação ao Céu em corpo e alma, ao fim da sua vida terrena. A Igreja não define se Maria morreu ou apenas adormeceu (a chamada Dormição da Virgem), mas afirma que não sofreu a corrupção do corpo e foi glorificada no Céu.
Este dogma antecipa a glorificação futura dos fiéis e exalta a dignidade de Maria como Rainha do Céu.
Importância teológica e devocional
Os dogmas marianos não se referem apenas a Maria enquanto figura individual, mas apontam sempre para o mistério de Cristo e da Igreja.
A veneração de Maria (diferente da adoração, que é devida só a Deus) é parte integrante da fé católica e inspira a espiritualidade de milhões de fiéis no mundo inteiro.
Nota: Se considera que neste texto alguma coisa está errada, ou se quiser complementar alguma informação, agradecemos que nos informe.
Com recurso ao Chat GPT | imagem

