Sobre os antibióticos – quando a cura mata!
Antibióticos, o que são? 1
Os antibióticos são substâncias produzidas por microrganismos extraídas de culturas de fungos, bolores e até de algumas plantas superiores.
Têm a propriedade de destruir ou inibir o crescimento de outros microrganismos, e são de origem natural, embora se possam obter sinteticamente.
A sua ação é de dois tipos:
– bactericida, ao matar os germes,
– e bacteriostática, ao impedir a sua multiplicação.
Os antibióticos são utilizados no tratamento de diversas doenças infeciosas e na exploração pecuária, dado que favorecem o aumento de peso dos animais e diminuem a ação das epizootias.
Constituem um importante passo na terapêutica, mas a alta toxicidade de alguns, a falta de etitropismo e a ausência de mecanismos de defesa do organismo a doses elevadas impedem a difusão do seu emprego.
Os mais importantes antibióticos são:
– penicilina,
– estreptomicina,
– ampicilina,
– cloranfenicol,
– tetraciclina,
– aureomicina
– e terramicina.

Resistência microbiana 2
Cerca de 25 mil pessoas morrem na Europa, todos os anos, por causa da resistência microbiana aos antibióticos, um problema evitável.
Assim, os antibióticos
– Só podem ser adquiridos com receita médica;
– Tratam infecções causadas por bactérias;
– Não tratam doenças causadas por vírus, como as gripes e as constipações;
– Não tratam doenças causadas por fungos e parasitas;
– O uso incorrecto dos antibióticos – falhas de tomas, doses inadequadas, interrupção do tratamento – é o principal responsável pela resistência.
As bactérias são organismos com grande capacidade de adaptação ao meio envolvente. Isto significa que, perante a exposição repetida e/ou incorrecta aos antibióticos, algumas tornam-se resistentes. Os riscos são vários:
– Pode ser necessário tomar doses superiores de antibióticos para curar a doença;
– O antibiótico pode passar a fazer menos ou nenhum efeito;
– Pode ter de se mudar para um antibiótico diferente, mais forte, para obter o mesmo efeito;
– A possível propagação a outras pessoas das bactérias resistentes, quer no meio hospitalar que na comunidade;
– Maior dificuldade em descobrir antibióticos capazes de eliminar estas bactérias;
– O ressurgimento de doenças graves já consideradas controladas, como a tuberculose, e em formas mais graves e difíceis de tratar.
Bom uso dos antibióticos
– Tome antibióticos apenas quando receitados pelo médico;
– Respeite as indicações médicas: horários de toma, doses, duração do tratamento;
– Não os tomes por iniciativa própria ou por conselho de terceiros;
– Não tome sobras de tratamentos anteriores, mesmo que a doença pareça a mesma;
– Nunca interrompa o tratamento, mesmo que se sinta melhor. Se o fizer, estará a reduzir a eficácia do antibiótico e terá de voltar ao início.
Previna-se de infecções
– Lave as mãos com frequência. Esfregue-as bem com água e sabão;
– Lave bem os dentes, principalmente após as três principais refeições;
– No caso de feridas, mantenha-as limpas e protegidas até cicatrizarem;
– Tenha as vacinas em dia.
Fontes: 1 Nova Enciclopédia Portuguesa | 2 Revista Saúda – nº 27 | Jan 18

