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Dia da Arma de Infantaria Portuguesa – 14 de agosto

O Dia da Arma de Infantaria Portuguesa é comemorado anualmente no dia 14 de agosto. Esta data é dedicada à homenagem e ao reconhecimento da Infantaria, uma das mais antigas e importantes armas das Forças Armadas Portuguesas.

A escolha do dia 14 de agosto remonta à Batalha de Aljubarrota, ocorrida em 1385, na qual as tropas portuguesas, comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, obtiveram uma vitória decisiva contra as forças castelhanas, assegurando a independência de Portugal.

A Infantaria, ao longo dos séculos, desempenhou um papel fundamental nas diversas campanhas militares e na defesa do território nacional. Ela é conhecida como “A Rainha das Armas” devido à sua versatilidade e à importância estratégica que sempre teve nos campos de batalha.

Os infantes, soldados de infantaria, são treinados para atuar em diferentes terrenos e condições, sendo preparados para o combate corpo a corpo, operações em áreas urbanas, montanhosas, florestais e até em cenários de guerra moderna.

A celebração do Dia da Arma de Infantaria Portuguesa é marcada por diversas cerimónias militares, desfiles, homenagens a antigos combatentes e palestras que relembram a importância histórica desta arma para o país.

Além disso, é um momento de reforçar o espírito de corpo, a camaradagem e o orgulho entre os militares que integram as fileiras da Infantaria Portuguesa.

Este dia serve não apenas para recordar as grandes vitórias e a história da Infantaria, mas também para honrar o sacrifício e a dedicação dos soldados que, ao longo do tempo, protegeram a soberania e a independência de Portugal.

A Batalha de Aljubarrota 1

De acordo com factos históricos, na madrugada de 14 de agosto, as forças portuguesas, sob o comando do Rei D. João I e do Condestável Nun’ Álvares Pereira [patrono da Arma de Infantaria Portuguesa], fizeram alto a norte de Aljubarrota, organizadas de modo a barrar, à força invasora Castelhana, o caminho em direção a Lisboa.

A Batalha ocorreu no Campo de São Jorge, pertencente à freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, nas imediações da vila de Aljubarrota.

A Batalha de Aljubarrota foi uma das grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal. Inovou a tática militar, permitindo que os homens de armas apeados fossem capazes de vencer uma poderosa cavalaria adversária.

Em síntese, a Batalha de Aljubarrota assumiu especial relevância, permitindo a afirmação de Portugal como reino independente, abrindo caminho, sob a Dinastia de Avis, para uma das épocas mais marcantes da história de Portugal, a era dos Descobrimentos, tendo permitido assegurar a integridade do território e a Independência Nacional.

O papel decisivo da Infantaria Portuguesa na Batalha de Aljubarrota

A Infantaria Portuguesa desempenhou um papel crucial na vitória de Portugal na Batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385. Este confronto foi um dos mais importantes da história de Portugal, assegurando a independência do país frente às pretensões castelhanas ao trono português.

Sob a liderança de D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável de Portugal, a estratégia militar portuguesa focou-se na utilização eficaz das forças de infantaria.

Os infantes portugueses foram dispostos em posições defensivas cuidadosamente escolhidas, utilizando o terreno em seu favor, particularmente os fossos e as armadilhas previamente preparados.

A infantaria foi posicionada no centro da formação em quadrado, conhecida como “tática do quadrado“, uma tática que se mostrou decisiva.

Esta formação permitiu aos soldados portugueses resistirem às cargas da cavalaria castelhana e absorverem o impacto dos ataques iniciais. Além disso, a infantaria armada com lanças, espadas e alabardas foi fundamental para quebrar a formação dos cavaleiros inimigos, que se viram presos e desorganizados nos fossos e barricadas.

O sucesso da Infantaria Portuguesa na Batalha de Aljubarrota deveu-se não apenas à sua habilidade em combate, mas também à disciplina e ao moral elevado das tropas, que lutavam por uma causa nacionalista.

Esta vitória foi um ponto de virada na crise dinástica, consolidando D. João I como rei de Portugal e garantindo a autonomia do país face a Castela.

A Batalha de Aljubarrota é, até hoje, lembrada como um marco na história militar de Portugal, e a Infantaria é celebrada como a força central que tornou possível essa vitória decisiva.

A Infantaria

A Infantaria é um dos principais componentes das Forças Armadas de um país e representa a tropa militar composta por soldados treinados para combater a pé.

Tradicionalmente, a Infantaria é considerada a “espinha dorsal” dos exércitos, devido à sua versatilidade e capacidade de operar em diversos tipos de terreno e condições, desde áreas urbanas até florestas e montanhas.

Historicamente, a Infantaria tem sido responsável por uma ampla gama de funções em combate, incluindo a conquista e ocupação de territórios, a defesa de posições estratégicas, e a condução de operações ofensivas, como ataques diretos e emboscadas.

Além disso, é comum que a Infantaria seja a primeira força a entrar em combate direto com o inimigo, utilizando armamento pessoal, como espingardas, metralhadoras, granadas e, em contextos históricos, lanças, espadas e arcos.

No contexto moderno, a Infantaria adaptou-se às novas tecnologias e à guerra moderna, integrando táticas de combate em conjunto com apoio de artilharia, forças blindadas, e unidades aéreas. No entanto, a essência da Infantaria permanece a mesma: a presença e a atuação de soldados no campo de batalha, desempenhando um papel crucial na execução de operações militares.

A Infantaria é também conhecida por seu rigoroso treinamento físico e mental, que prepara os soldados para enfrentar desafios extremos em combate, manter a disciplina sob pressão e operar em ambientes hostis.

O espírito de corpo, a camaradagem e a capacidade de adaptação são características marcantes dos infantes, que fazem da Infantaria uma força essencial em qualquer exército.

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