Signos do Zodíaco: a importância do signo ascendente!

Quem acredita na Astrologia leva, por vezes, muito longe a sua credulidade, dando-lhe poderes infalíveis de adivinhação ou esperando dela previsões exatas.

Podemos, sim, esperar que ela ajude cada um a conhecer-se melhor a conhecer melhor os seus próximos, a melhor compreendê-los, a melhor explorar os seus dons, a melhor orientar uma criança, aplicando-lhe, na medida do possível, um método de educação mais conforme com o seu temperamento.

O que é preciso saber!

Existem doze signos do Zodíaco. Assinalamos de passagem que o décimo terceiro signo, que se diz ter sido descoberto por Jean Rihnac, fazia parte do Zodíaco egípcio que não era, como o nosso, formado por de campos de força iguais com trinta graus cada um, mas sim por treze signos de importância diferente.

No entanto, podemos admitir esta divisão com a condição de se respeitar a distribuição em graus estabelecida pelos egípcios.

Estes doze signos estão, por sua vez, divididos em seis signos masculinos e em seis signos femininos. O Carneiro, que é o primeiro signo e começa no equinócio da primavera, é um signo masculino. É seguido de Touro, um signo feminino, de Gémeos, masculino… E assim por diante.

O Zodíaco está dividido em signos do Fogo, da Terra, do Ar e da Água. A cada elemento correspondem três signos: o Carneiro, o Leão e o Sagitário pertencem ao Fogo. O Touro, a Virgem e o Capricórnio pertencem à Terra. Os Gémeos, a Balança e o Aquário pertencem ao Ar. O Caranguejo, o Escorpião e os Peixes pertencem à Água.

Mas existem quatro signos Cardeais, que correspondem aos grandes eixos dos solstícios e dos equinócios: o Carneiro, o Caranguejo, a Balança e o Capricórnio.

Equivalência simbólica nos quatro evangelistas

Quatro signos Fixos: o Touro, o Leão, o Escorpião e o Aquário, cuja equivalência simbólica vamos encontrar nos quatro evangelistas:

– Lucas, o Touro;

– Marcos, o Leão;

– João, o Escorpião (representado por uma cabeça de águia, pois ele encarna o Escorpião que ultrapassou o seu ser instintivo, símbolo que vamos encontrar nos Astecas com o deus Quetzalcóatl, a serpente com penas);

– e Mateus, o Aquário, o único signo “humano” que no Zodíaco encarna o homem ou a transcendência do homem: o anjo.

Há, finalmente, quatro signos Mutáveis: os Gémeos, a Virgem, o Sagitário e os Peixes, os mais complexos e contraditórios do Zodíaco.

Eis um exemplo do Zodíaco, tal como é vulgarmente utilizado pela Astrologia: com indicações da natureza elementar dos doze signos, do planeta que os governa e da sua natureza cardeal, fixa ou mutável, assim como da sua natureza masculina (+) ou feminina (-).

Podemos então dizer que o Zodíaco representa o palco no qual será representada a peça desempenhada pelo nativo: as casas representam o cenário instalado no palco, os planetas são as personagens que evoluem no decorrer dos dias e os aspetos, o diálogo trocado entre esses planetas-personagens.

Soam as três pancadas e um novo ser aparece na cena do mundo naquele instante exato, naquele lugar exato.

A importância do signo ascendente

Quando alguém diz “Nasci a 13 de julho“, está a afirmar “Sou Caranguejo”, ou, mais precisamente: “No momento em que nasci o Sol ocupava o signo zodiacal do Caranguejo”. Pois é assim que as coisas se passam: só o Sol determina o signo do nascimento.

Mas quando essa pessoa acrescenta: “Nasci a 13 de Julho às 19 horas”, vê-se enriquecida com um Ascendente, na ocorrência no signo de Capricórnio. Astronomicamente, essa é também a forma de assinalar que o Sol se punha no momento em que essa pessoa nascia.

O ascendente é o ponteiro grande do relógio, enquanto o Sol é o ponteiro pequeno. A combinação dos dois fornece a hora exata. As modificações trazidas pelo ascendente às características gerais do signo solar são essenciais.

Claro que só um Mapa Astral completo permite uma análise profunda da personalidade e da sua evolução, mas a combinação signo solar-signo ascendente permite já um diagnóstico. Evidentemente que um Carneiro dotado de um ascendente em Touro não será o mesmo “animal” que um Carneiro dotado de um ascendente em Leão.

O primeiro será travado e estabilizado pelo Touro; terá mais facilidade em passar aos atos, em ir até ao fim dos empreendimentos, uma vez que o Fogo do Carneiro tem aqui um desenvolvimento em Terra. O segundo, movido exclusivamente pelo Fogo, será mais dinâmico, mais ousado, mais aventureiro; expor-se-á mais.

O ascendente

O ascendente modelaria o comportamento e a saúde, ao passo que o Sol definiria o Eu profundo, assim como certas estruturas patológicas. No entanto, não podemos ser tão categóricos: a Astrologia é tão rica e subtil que outras diferenças se impõem. O “físico” também sofre a influência do signo solar.

Podemos reconhecer um Carneiro pela maneira como ele fala. Também nesse ponto, o ascendente corrige e fornece pormenores. A Balança em ascendente acrescentará um elemento de graça de “venustidade” à brusquidão de um nativo do Carneiro. O Capricórnio em ascendente tornará o comportamento de um Leão mais natural, menos teatral, etc.

Acrescentemos ainda que basta encontrar no ascendente a presença de um planeta, Saturno, Júpiter, Úrano ou qualquer outro, para que possamos “afinar” o nosso retrato. Saturno, por exemplo, próximo do ascendente, interiorizará um indivíduo expansivo, dar-lhe-á seriedade, abrandará o seu ritmo. Júpiter, pelo contrário, favorecerá a sua extroversão.

Gravelaine, Joëlle de (2013) Manual Prático de Astrologia. Amadora: Nascente (Astrologia&Quirologia) | Imagem de Gerd Altmann