
Amoras de silva | Plantas bravias de frutos comestíveis
Amoras de silva
Rubus
spp. ROSACEAE.
Há muitas espécies destes arbustos do género Rubus, infestantes em taludes e beiradas, invasoras de quintais e áreas agrícolas abandonadas ao granjeio.
Espontânea como trepadeira, juntamente com a sua “prima” botânica roseira brava, em bordaduras de bosques e galerias ribeirinhas, os frutos (amoras) destas espécies além de bons em natureza, são óptimos para doces, geleias e compotas.
Do mesmo género Rubus são também as framboesas (Rubus idaeus L.), cujos frutos são igualmente de grande valor para a doçaria.
Receitas
Ponche ou xarope de amora
Coloque a ferver em cerca de um quarto de litro de água, uma pitada de cravinho moído e uma pitada de canela em pó.
Junte-lhe cerca de três quartos de litro de sumo de amoras silvestres e aqueça novamente mas sem deixar ferver.
Adoce com açúcar e distribua por seis copos previamente aquecidos.
Compota de amoras
Prepare um quilo de amoras silvestres num pouco de água até começar a ferver.
Filtre-as de imediato com um pano de linho, torcendo bem para obter o máximo de sumo.
A este sumo junte mais um quilo de amoras, sumo de limão e um quarto de quilo de açúcar.
Deixe ferver novamente, mexendo sempre, durante cerca de meia hora até conseguir a consistência desejada.
Para ver se a compota está pronta, retire com uma colher, um pouco da mistura ainda quente e deixe cair uma gota num copo de água fria.
Se essa gota atingir o fundo sem se diluir, quer dizer que a compota está no ponto certo.
Acondicione em frascos secos e tape-os hermeticamente.
Fonte: “Etnobotânica – Plantas bravias, comestíveis, condimentares e medicinais“, José Alves Ribeiro, António Monteiro e Maria de Lurdes Fonseca da Silva (texto editado e adaptado) | Imagem