Malvas | Plantas medicinais
Malvas
Malva neglecta
Wallr.
MALVACEAE
Origem/ Habitat
As malvas encontra-se na Europa, Noroeste de África e Sudoeste da Ásia.
Necessitam de solos ricos em azoto, e por isso são vulgares em beiras de caminhos e entulhos.
São abundantes em Portugal, do Minho ao Alto Alentejo, encontrando-se até aos 1300 metros de altitude.
Breve descrição botânica
A Malva neglecta é uma planta herbácea, bienal, e o seu caule é parcialmente ereto, muito semelhante à malva silvestre, embora de menor porte.
As folhas apresentam um recorte, com pêlos ásperos e a sua forma faz lembrar a palma de uma mão.
As flores são de um rosa suave e a floração ocorre entre Maio e Agosto.
As malvas possuem um sabor muito neutro, quase nulo.
Partes utilizadas
Raiz, flores (antes da sua abertura), e folhas.
A secagem deve ser efetuada ao ar e à sombra.
As flores são de conservação difícil, tornando-se azuis com a secagem e perdendo a cor com a luz.
Indicações
Usam-se as folhas e as raízes frescas das malvas para tratar de abcessos.
As folhas frescas aliviam dores de dentes (mastigando-as).
As hemorróidas podem ser tratadas a partir do exterior e do interior com as malvas:
– para uso externo fazem-se umas fumigações de infusão de folhas e flores de malva;
– para uso interno toma-se uma decocção de folhas e flores.
Fazem-se também desinfeções com infusões destas plantas.
Conhece e sabe o que significa a expressão “Mandar às malvas“?
Outras aplicações
As aftas podem ser tratadas recorrendo a uma decocção de flores de malvas que é aplicada no local.
Para problemas na boca, pode-se fazer gargarejos com decocção de raízes.
Os furúnculos podem ser tratados localmente usando raízes de malva secas e aquecidas.
Tomam-se infusões de folhas e flores para o nervosismo e a obesidade.
As folhas frescas das malvas são usadas para a prisão de ventre (comem-se) e para picadas de insctos (esfregando a zona).
Fonte: “Etnobotânica – Plantas bravias, comestíveis, condimentares e medicinais“, José Alves Ribeiro, António Monteiro e Maria de Lurdes Fonseca da Silva (texto editado e adaptado) | Imagem