Diversos

Universidade de Coimbra é a herdeira do Estudo Geral

Universidade de Coimbra – notas históricas

A fundação do «Estudo Geral»

Data de 1 de Março de 1290 o diploma do rei D. Dinis que anuncia a constituição do «Estudo Geral».

Assim foi fundada a Universidade que a bula do papa Nicolau IV confirmou em 9 de Agosto do mesmo ano. Nela funcionavam todas as faculdades «lícitas»:

Cânones,

Leis,

Medicina

Artes.

Exceptuava-se Teologia (só criada perto de 1380).

Tendo alterado o seu funcionamento entre Lisboa e Coimbra, fixou-se definitivamente nesta cidade em 1537, por decisão do Rei D. João III, que ao mesmo tempo a reformou profundamente.

Foram então criados vários colégios – entre os quais o das Artes, o de São Paulo e o de São Pedro, que se estende a sul da Porta Férrea – com funções de ensino, pensionato e assistência.

Durante o reinado de D. José (1750-1777) começa a sentir-se em Portugal o absolutismo esclarecido, que protagonizou uma das mais importantes reformas universitárias.

Ela ocorreu em 1772 e anos seguintes e teve como principais intérpretes o poderoso ministro Marquês de Pombal, que fora nomeado «Visitador» da Universidade, e o «Reitor-Reformador» D. Francisco de Lemos.

Novos estatutos foram entregues solenemente por Pombal em 29 de Setembro de 1772, e a partir daí, começam a surgir as marcas da reforma pombalina).

Da expulsão dos Jesuítas ao liberalismo de 1820

Expulsos os Jesuítas em 1759, ficaram vagas vastas dependências onde se instalaram algumas das novas faculdades e serviços de criação pombalina.

São desta época, aliás de grande capacidade económica (D. João V e D. José), alguns dos belos edifícios que, ainda hoje, marcam a vida da Universidade: a Torre e a Biblioteca Joanina, (do período pré-pombalino), o Museo de História Natural, o «Laboratório Chímico» e o Jardim Botânico.

Com o liberalismo de 1820 e com a sua institucionalização em 1834, a Universidade vai passar por tempos conturbados de conservantismo e de mudança, de crise e de dinamismo, de tentativas frustradas de reforma face ao governo, que manifestava compreensivelmente outras intenções no âmbito da política do ensino.

De meados do séc. XIX à implantação da República

Da década de 60 do séc. XIX ao advento da República (em 1910) movimentos académicos de grande significado, em que pontificavam ilustres vultos da nossa literatura, como Almeida Garret, Antero de Quental, João de Deus, Eça de Queiroz, entre outros, protagonizaram revoltas contra o conservantismo académico e o aparecimento de formas organizadas de associação como grupos dramáticos, literários e corais.

Nesta época, situa-se também a fundação da Associação Académica (1887) que viria ao longo da sua existência a salientar-se pela contestação organizada contra o poder político na Universidade e fora dela afirmando-se, mesmo em tempos adversos, como um forte baluarte de autonomia e, através das muitas secções especializadas, como pólo difusor de uma vida associativa e cultural dinâmica.

De 1910 até à revolução de 25 de Abril de 1974

Com a implantação da República (1910) o Estado, que apostava na democratização do ensino, incentivou e patrocinou a criação de outras Universidades em Lisboa e no Porto, ao mesmo tempo que se operavam algumas reformas na Universidade de Coimbra.

Em 1911, um ano após a implantação do regime republicano, deixou de funcionar a Faculdade de Teologia, sendo criada a de Letras. As faculdades de Matemática e de Filosofia (natural) fundiram-se originando a de Ciências e foram instituídas as escolas de Farmácia e Normal Superior. A de Farmácia seria mais tarde elevada à categoria de Faculdade.

A ditadura militar emergente da Revolução Nacional, de 28 de Maio de 1926 e a instituição do «Estado Novo», em 1933, foram os grandes responsáveis pela amputação de alguns históricos edifícios da Velha Alta não escapando ao impiedoso camartelo igrejas, colégios renascentistas e casas manuelinas ou barrocas.

No seu lugar foram implantados novos edifícios que marcaram o tipo arquitectónico característico da época. Nos aspectos científico e pedagógico assistiu-se também, nesta época, a uma preocupante cristalização.

Que não era já possível ignorar os movimentos sociais, políticos, científicos e culturais vividos em toda a Europa, aperceberam-se, na década de 70, o então chefe do Governo, Prof. Marcelo Caetano e o Ministro Prof. Veiga Simão.

Viveu-se, assim uma tentativa de modernização da Universidade, surgindo cursos de sentido «prático e tecnológico (em 1972 a Faculdade de Ciências passou a Faculdade de Ciências e Tecnologia e foi criada a Faculdade de Economia) e criando-se novas Universidades (Aveiro, Braga e Évora).

Os movimentos estudantis têm neste período grande expressão como formas organizadas de contestação e de luta por melhores condições para o ensino e também por ideais políticos e sociais

Da revolução de Abril aos nossos dias

Com a Revolução de Abril – 1974 – a Universidade como que explode, subindo em «flecha» o número de alunos inscritos.

Instituem-se formas de funcionamento democrático e ressurge a luta pela conquista da autonomia que vem a concretizar-se em Setembro de 1989 com a aprovação, pela Assembleia da República, da Lei-quadro da Autonomia Universitária.

Hoje a Universidade de Coimbra, que compreende oito Faculdades

Letras,

– Direito,

– Medicina,

– Ciências e Tecnologia,

– Farmácia,

– Economia,

– Psicologia e de Ciências da Educação,

– e Educação Física e Ciências do Desporto,

ultrapassou o espaço tradicional da Velha Alta, estendendo-se a novos pólos de desenvolvimento.

Funciona com base nos seus próprios estatutos elaborados e aprovados pela Assembleia da Universidade (eleita e representativa dos estudantes, dos docentes e dos funcionários) e pretende, sobretudo, ser um pólo de constante modernização.

Mas este caminhar para o futuro não a faz esquecer as suas seculares tradições:

– a «praxe académica», adaptada às condições de vida moderna,

– as festas dos estudantes, nomeadamente a «Queima das Fitas» (que simboliza o fim do ano escolar e, para muitos, o fim do curso),

– o «fado», canção que se foi adaptando às novas realidades culturais e até políticas e sociais,

– os «Doutoramentos solenes» com o seu ritualismo próprio,

– as «Repúblicas» (residências autogeridas por estudantes)

– e a existência de uma Associação Académica forte,

fazem da Universidade de Coimbra uma instituição muito peculiar e de características inigualáveis.

Universidade de Coimbra – espaços e locais

Via Latina

Universidade de Coimbra - Via Latina

Designa-se por Via Latina a elegante colunata erguida no eirado do paço quinhentista, em tempo do reitorado de D. Francisco de Lemos, nos finais do século XVIII
A meio, destaca-se da linha geral da frontaria um corpo de aparato, cujo acesso se faz por uma escadaria nobre. É formado por três arcos altos que sustentam um frontão triangular com o escudo nacional, sobre o qual se eleva uma figura alegórica da Universidade.

Este corpo inclui um conjunto escultório executado por Claude Laprade, em 1701, no qual se pode admirar a imagem esculpida de D. José I, já saída das mãos de outro artista, quando da
remodelação da Via Latina, ao tempo da Reforma Pombalina.

Dois atlantes suportam um frontão curvo e, na base, podem ver- se duas graciosas figuras femininas evocadoras da Justiça e da Fortaleza.

Biblioteca Joanina

Universidade de Coimbra - Biblioteca Joanina

Obra de artistas portugueses, o edifício foi começado a construir, por ordem do Rei D. João V, na primeira metade do século XVIII (entre 1716 e 1724) desconhecendo-se o autor do projecto.

No exterior salienta-se o portal nobre, de estilo barroco, encimado por um grande escudo nacional do tempo daquele monarca.

O andar principal é constituído por três amplas salas, ricamente decoradas com talha lacada a verde, vermelho e dourado, que comunicam entre si por arcos estruturalmente idênticos ao
portal que na sua parte superior ostentam insígnias das antigas Faculdades.

As paredes estão completamente cobertas por sólidas estantes de dois corpos sobrepostos, de madeiras exóticas, separados por um varandim apoiado em elegantes colunas que terminam em forma de capricórnio.

O acesso à parte superior faz-se através de escadas embutidas nas próprias estantes. A sua pintura e douramento, com motivos chineses, foi executada pelo artista Manuel da Silva.

Os tectos são obra dos pintores lisboetas António Simões Ribeiro e Vicente Nunes. A sua estrutura é muito semelhante alternando formas arquitectónicas de ilusão com motivos alusivos às Artes e Ciências professadas na Universidade tendo cada um, no centro, uma figura feminina simbolizando a Sapiência Divina.

Na parede do topo do edifício, e em posição de destaque, pode ver-se uma grande tela, belamente dourada, de autor desconhecido, executada cerca 1730 e representando D. João V.

Actualmente biblioteca-museu, alberga um riquíssimo conjunto bibliográfico que vai do séc. XVI até ao final do séc. XVIII, com um total superior a 300 mil volumes, que podem ser consultados por investigadores.

Museu de Arte Sacra

Universidade de Coimbra - Museu de Arte Sacra

Junto à capela de S. Miguel está instalado o Museu de Arte Sacra, onde se podem ver obras de arte com que o Templo foi sendo dotado ao longo da sua existência.

Na sala I avultam do recheio duas estantes de coro com livros de música antiga. Igualmente são de referir algumas alfaias de prata: cálice, turibulo e hissope com caldeirinha e uma dalmática verde do séc. XVII, resguardados no grande armário envidraçado.

Relativamente à pintura, há na sala um quadro de Simões Rodrigues, evocando S. João Baptista e três telas do italiano Pasquale Parente.

Há ainda uma grande escultura de madeira estofada e policromada de Nossa Senhora da Conceição, do séc. XVIII.

Na sala II, estão expostas no armário do lado esquerdo algumas pequenas jarras com as iniciais RC – Real Capela. No expositor do lado oposto, distingue-se pela sua imponência uma cruz professional de prata do século XVIII. Estão expostas na sala algumas pinturas de certo nível.

Na sala III encontram-se as mais preciosas peças do museu: um gomil e um prato de prata com as armas reais, obra do século XVI. A seu lado pode ver-se também um cálice lavrado, executado algum tempo depois das peças anteriores.

Guardam-se ainda nos expositores laterais muitas outras obras de valor, mas de épocas mais avançadas, na sua maioria do séc. XVIII, sendo desse tempo as esculturas dos quatro evangelistas além de outras, em madeira dourada e pintadas.

Na sala IV há a destacar uma grande custódia datada de 1754 e dois paramentos do séc. XVII. Cumpre também referir duas pinturas em tábua do século XVI, representando Santa Catarina.

Capela de São Miguel

Universidade de Coimbra - Capela de São Miguel

A Capela de S. Miguel situa-se à esquerda da Torre e substituiu um pequeno oratório medievo e privativo do paço.

As obras de construção do edifício que hoje se vê começaram em 1517, tendo essa fase terminado em meados da centúria, mas, nos séc. XVII e XVIII novas remodelações tiveram lugar.

As obras quinhentistas foram planeadas e dirigidas por Marcos Pires, autor do maravilhoso portal (porta lateral), uma das obras primas de estilo manuelino de feição naturalista, entre 1517 e 1521, tendo ficado os acabamentos a cargo de Diogo de Castilho.

O acesso faz-se por uma porta neoclássica executada pelo construtor José Carvalho em 1780, entrando-se seguidamente num átrio a que corresponde interiormente o coro-alto e a tribuna, cujas paredes estão revestidas por azulejos da época pombalina de fabrico coimbrão reproduzindo figuras de estampas holandesas.  Foram pintados, em 1780, por Sousa Carvalho.

Na capela principal vê-se um dos mais notáveis altares maneiristas do país. A obra de marcenaria foi projectada em 1605 por Bernardo Coelho e executada pelo entalhador e escultor Simão da Mota, sendo uma das mais correctas de quantas se conservam, incluindo ainda um conjunto de pinturas da autoria dos grandes pintores manuelinos Simão Rodrigues e Domingos V. Serrão

No interior da igreja, destaca-se o imponente órgão barroco construído em 1733, com uma belíssima pintura de «chinoiseries» da autoria de Gabriel F. da Cunha, que a executou em 1737, e ainda os azulejos da nave, fabricados em Lisboa, do tipo de tapete, assim como os da capela-mor, também lisboetas do séc. XVII.

Há ainda na Capela de S. Miguel os retábulos laterais ao arco triunfal, feitos pelo entalhador Manuel Ferreira, e que se integram no tipo comum da época de D. João V.

As esculturas do nicho são de épocas diferentes. A do lado esquerdo, Nª Sª da Luz, é ainda do séc. XVI e de autor desconhecido, enquanto a do lado oposto é posterior, da centúria seguinte, e da autoria de Frei Cipriano da Cruz. As restantes esculturas, evocativas de S. José, S. Agostinho, S. Francisco de Borja e S. Francisco Xavier, foram executadas pelo imaginário lisboeta Joaquim Bernardes em 1781.

A pintura do tecto deve-se ao lisboeta Francisco F. de Araújo, que a executou no fim do séc. XVII. Posteriormente foi renovada e o brasão nacional modernizado.

No coro-alto destaca-se a escultura barroca de S. Miguel e ainda as pinturas maneiristas alusivas à vida de Tobias. Sobre esta construção ergue-se uma tribuna destinada às pessoas reais, construída durante a Reforma Pombalina da Universidade.

Torre

Universidade de Coimbra - Torre

A torre é hoje, como já vem sendo há longo tempo, o emblema da Universidade e até da própria cidade de Coimbra.

A sua posição sobranceira a todo o aglomerado urbano, emergindo dentre a linha dos telhados do Paço das Escolas, valoriza as suas linhas de um barroco erudito e comedido, fino e equilibrado do tipo usual das obras oficiais do reinado de D. João V.

Ocupa, no plano geral do conjunto de edifícios do núcleo antigo da Universidade, o ângulo noroeste, tendo-se iniciado as obras da sua construção em 1728. Cinco anos depois estava pronta, devendo-se o seu plano a um arquitecto da corte, mas cuja identidade não foi ainda possível apurar.

Com o arranque do terço superior abrem-se as grandes janelas dos sinos, um dos quais, a «cabra», durante muito tempo regulou a vida académica e até citadina.

Sala Grande dos Actos

Universidade de Coimbra - Sala Grande dos Actos - Sala dos Capelos

Da Sala dos Archeiros tem-se acesso a um extenso corredor que possui varandas que dão para a Sala Grande dos Actos, mais conhecida por «Sala dos Capelos».

É aqui que ainda hoje ocorrem os mais importantes actos da vida académica, como a investidura dos Magníficos Reitores, a cerimónia de abertura do ano lectivo e os doutoramentos.

Este amplo espaço foi primitivamente o salão nobre do Paço, remodelado na segunda década do século de Quinhentos, pelo mestre arquitecto Marcos Pires. Em meados da centúria de Seiscentos foi definitivamente transformado pelo construtor António Tavares, o responsável por muitas obras na Universidade, nomeadamente a Porta Férrea.

Estas remodelações foram levadas a efeito durante o reitorado de D. Manuel de Saldanha.

A pintura do tecto, apainelado, é obra de Jacinto Pereira da Costa, e as grandes telas com as figuras dos reis, de vários autores, sendo as dos anteriores a D. Afonso VI da autoria de Carlos Falch. Todas estas obras de pintura datam dos anos precedentes ao de 1655, e nelas trabalharam ainda Manuel da Costa e André de Almeida.

Os azulejos, de magnífica policromia e do tipo tapete, foram fabricados em olarias lisboetas.

A toda a volta da sala, no plano mais elevado, encontram-se os doutorais, grandes brancos corridos, onde só têm assento os Doutores durante as cerimónias académicas.

No topo oposto à entrada, a meio, e também ao nível dos bancos, fica a cadeira reitoral, onde o Reitor preside aos actos. Convidados e outras entidades ocupam o lugar dentro da teia, a nível baixo, ficando o resto da sala disponível para o público.

Sala do Exame Privado

Universidade de Coimbra - Sala do Exame Privado

Outra das dependências notáveis é a Sala do Exame Privado, remodelada em 1701 pelo mestre-de-obras da Universidade, José Cardoso.

O seu principal motivo de interesse reside na decoração que consta de um lambril de azulejos executados pelo oleiro e pintor conimbricense Agostinho de Paiva, e por um friso de pinturas retratando antigos reitores, sendo os que viveram antes de 1701 da autoria de António Simões.

A pintura do tecto foi obra do lisboeta José Ferreira Araújo, devendo-se as insígnias a João Vidal. Nesta empreitada trabalhou ainda o pintor Gonçalo de Mesquita.

A obra de carpintaria e a decoração em madeira correu a cargo do mestre Manuel Pereira. Todas estas obras foram patrocinadas pelo Reitor D. Nuno da Silva Teles.

Porta Férrea

Universidade de Coimbra - Porta Férrea

A entrada para o Pátio das Escolas faz-se através da Porta Férrea, edificada nos anos subsequentes ao de 1633. Substituiu a velha porta medieval do paço, que era cingida por dois fortes torreões. O nome advém-lhe do forte portão e da bandeira de ferro que fecham o seu vão.

Esta obra foi patrocinada pelo Reitor D. Álvaro da Costa, tendo ficado o projecto a cargo do arquitecto conimbricense Antonio Tavares e execução ao mestre construtor Isidro Manuel.

Estilisticamente, integra-se num maneirismo típico da região, ainda muito apegado às formas decorativas da Renascença.

A estrutura dos dois portais – o interior e o exterior – é a mesma, só diferindo em pequenos pormenores decorativos e na imaginária.

Os vãos rectangulares são ladeados por pares de colunas coríntias e um amplo nicho nos inter colúnios, que encerram figuras alegóricas das antigas faculdades: Medicina e Leis, no exterior, e Teologia e Cânones, no interior.

Sobre o entablamento de cada portal ergue-se um segundo corpo em que se destacam, como motivos principais, as estátuas de D. Dinis e de D. João III, saídas do cinzel do imaginário Manuel de Sousa, igualmente autor das que encimam o frontão curvo interrompido e que simbolizam a Sapiência, figura emblemática da Universidade.

O corredor de passagem é fechado por um artístico e pesado portão, sendo a cobertura abobadada e às quartelas.

Colégio de São Pedro

Universidade de Coimbra - Colégio de São Pedro

Situa-se imediatamente à esquerda da Porta Férrea e tem a sua fachada principal virada para o grande terreiro.

O exterior do edifício, de linhas muito sóbrias bem próprias do maneirismo regional, apresenta o carácter que lhe conferiu recentes obras de restauro, levadas a cabo pelos Monumentos Nacionais, que estenderam o seu corpo no último terço, do lado do gradeamento.

Como principal elemento de carácter decorativo destaca-se o portal de aparato barroco, executado em 1713.

O Colégio de S. Pedro ocupou os aposentos dos infantes do paço manuelino, por iniciativa dos governantes em tempo de D. Sebastião, albergando os «candidatos às magistraturas superiores das Faculdades».

Foi extinto em 1834 e, dois anos mais tarde, as suas instalações foram definitivamente integradas na Universidade.

A partir de 1855, parte da construção foi reservada para residência da Família Real, quando esta ou algum dos seus membros estanciava em Coimbra, e também para residência dos reitores.

Fonte: folheto promocional (texto editado e adaptado)