Albrecht Dürer, pintor renascentista, morreu a 6.04.1528
Albrecht Dürer, pintor renascentista
Albrecht Dürer nasceu a 21 de maio de 1471, em Nuremberga, e morreu na mesma cidade a 6 de abril de 1528. Foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão. É considerado o expoente da arte renascentista ao norte dos Alpes.
Na sua obra, cumpre-se de modo magistral o encontro do sentido formal germânico como românico, sendo perceptíveis os seus reflexos em toda a arte do Norte da Europa.
A. Dürer é filho de um ourives, cuja arte aprende. Em seguida, realiza um período de aprendizagem na oficina de Michael Wolgemut. De 1490 a 1494 viaja entre a Alsácia e Basileia, e de 1496 a 1497 e de 1505 a 1507 permanece na Alta Itália, principalmente em Veneza. Em 1520-1521 visita os Países Baixos.
As suas obras principais são:
– auto-retratos de 1493 (Louvre), de 1498 (Prado) e de 1500 ou posterior (Munique).
– por volta de 1503, altar dos Quatro Evangelistas (Munique);
– 1504, Adoração dos Reis Magos (Galeria dos Uffizzi);
– 1506, Festa do Rosário (Praga);
– 1511, Todos-os-Santos (Viena);
– 1526, os Quatro Apóstolos (Munique) e retratos de Jakob Muffel e de Hieronymus Holzschuher (Berlim).
Gravuras em madeira:
– Apocalipse, em 1498;
– a Grande Paixão e Vida de Maria, cerca de 1511;
– a Pequena Paixão, em 1510 aprox.
Trabalha para Maximiliano, entre 1512 e 1515 (arco de triunfo e devocionário).
Gravuras em cobre:
– Adão e Eva, em 1504;
– gravura em cobre da Paixão, entre 1508 e 1512;
as suas obras-primas entre 1513 e 1514: O Cavaleiro, a Morte e o Diabo, São Jerónimo na Cela e Melancolia.
Primeiras gravuras a ponta-seca:
– (Cristo no Monte das Oliveiras, em 1515).
Pintura do Renascimento
E de grande importância para toda a Europa situada ao norte dos Alpes a conciliação entre a tradição nórdica, a do gótico tardio, e o Renascimento italiano, levada a cabo por Albrecht Dürer (1471-1528).
A. Dürer é o expoente da primordial nostalgia do homem do Norte pelo Sul, tal como ficou reflectido em toda a História Ocidental, e mesmo durante a Pré-História. Dürer adquire em Itália a severa disciplina formal que ordena a sua própria e profunda concepção do mundo e do homem.
A sua obra será um modelo para toda a arte alemã e flamenga que, graças a ele, não cessará de se medir directamente com a Itália. O estilo que surge assim já não é hoje reconhecido como um verdadeiro Renascimento, mas como criação artística autónoma, donde brota o maneirismo.
Fonte: História Universal Comparada (vol.VI) – texto editado e adaptado | Imagem de Birgit Böllinger