Países Lusófonos: uma comunidade unida pela Língua e Cultura
Os países lusófonos, também conhecidos como comunidade lusófona, formam um conjunto de nove nações espalhadas por quatro continentes: África, América, Ásia e Europa.
Unidos pela língua portuguesa, esses países compartilham uma rica história, cultura e identidade, formando um espaço multicultural vibrante e diverso.
O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona, instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é comemorado, desde 2009, no dia 5 de maio.
Nove paisagens, uma comunidade
– Angola
Terra de paisagens deslumbrantes, Angola guarda a força da cultura africana e a riqueza de sua história colonial. Luanda, a capital, é um centro vibrante de modernidade, enquanto o interior do país preserva tradições ancestrais.
– Brasil
Gigante da América do Sul, o Brasil é um país de contrastes, com a exuberância da Floresta Amazónica, a energia contagiante do Rio de Janeiro e a cosmopolita São Paulo. A cultura brasileira é rica e diversa, marcada pelas influências indígenas, africanas e europeias.
– Cabo Verde
Arquipélago de beleza ímpar, Cabo Verde é conhecido por suas praias paradisíacas, pela música contagiante e pela hospitalidade do seu povo. A morna, ritmo nacional, é um símbolo da identidade cabo-verdiana.
– Guiné-Bissau
Pequeno país da África Ocidental, a Guiné-Bissau guarda uma cultura vibrante e rica em tradições. A luta pela independência e a história colonial marcaram profundamente o país.
– Macau
Região administrativa especial da China, Macau é um enclave único que combina influências orientais e ocidentais. A culinária macaense, com seus sabores e aromas distintos, é um exemplo dessa fusão cultural.
– Moçambique
País de paisagens exuberantes e rica biodiversidade, Moçambique é conhecido por suas praias paradisíacas, pela cultura vibrante e pela força da sua música. Maputo, a capital, é um centro cultural e económico em constante desenvolvimento.
– Portugal
Berço da língua portuguesa, Portugal é um país com uma história rica e uma cultura vibrante. Lisboa, a capital, é uma cidade cosmopolita com um encanto único, enquanto o interior do país guarda vilas medievais e paisagens encantadoras.
– São Tomé e Príncipe
Pequeno arquipélago no Golfo da Guiné, São Tomé e Príncipe é conhecido por suas belezas naturais e pela sua rica biodiversidade. O país é um paraíso para os amantes da natureza e do ecoturismo.
– Timor-Leste
Nação jovem no sudeste da Ásia, Timor-Leste luta por consolidar sua independência e construir um futuro promissor. A cultura timorense é única e marcada por uma forte tradição oral.
A Língua Portuguesa
A língua portuguesa, com mais de 250 milhões de falantes no mundo, é o elo que une os países lusófonos. Ela serve como ponte para a comunicação, o intercâmbio cultural e a cooperação entre os países membros.
A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) foi fundada em 1996 com o objetivo de fortalecer os laços entre esses países e promover a língua portuguesa no mundo.
História e Cultura
A história dos países lusófonos está intrinsecamente ligada à colonização portuguesa.
Desde o século XVI ao século XX, Portugal colonizou territórios na África, América e Ásia, deixando um legado cultural e linguístico que ainda hoje é marcante.
A cultura lusófona é rica e diversa, com influências africanas, indígenas e europeias. Essa mistura se reflete na música, na literatura, na culinária e em outras manifestações culturais.
Desafios e oportunidades
Os países lusófonos enfrentam diversos desafios em comum, como a pobreza, a desigualdade social e a falta de desenvolvimento. No entanto, também possuem muitas oportunidades para o crescimento e a prosperidade.
A cooperação entre os países membros da CPLP é fundamental para superar esses desafios e alcançar um desenvolvimento sustentável.
Desafios específicos por país:
– Angola:
Combater a pobreza e a corrupção, diversificar a economia e fortalecer a democracia.
– Brasil: Reduzir a desigualdade social, combater a violência e fortalecer as instituições democráticas.
– Cabo Verde: Promover o desenvolvimento económico sustentável, combater a desertificação e fortalecer a democracia.
– Guiné-Bissau: Combater a pobreza e a instabilidade política, fortalecer o Estado de direito e promover o desenvolvimento económico.
– Moçambique: Combater a pobreza e a corrupção, desenvolver a infraestrutura e fortalecer a democracia.
– Portugal: Superar a crise económica, promover o crescimento e a competitividade e fortalecer o Estado de direito.
– São Tomé e Príncipe: Combater a pobreza e a vulnerabilidade económica, desenvolver o turismo e fortalecer a democracia.
– Timor-Leste: Consolidar a democracia, promover o desenvolvimento económico e fortalecer o Estado de direito.
Algumas iniciativas da CPLP
– Mobilidade: Acordo de Mobilidade para facilitar a circulação de pessoas entre os países membros.
– Educação: Programas de intercâmbio estudantil e cooperação universitária.
– Cultura: Promoção da cultura lusófona através de festivais, eventos e intercâmbio cultural.
– Economia: Cooperação económica e comercial entre os países membros.
O futuro da Lusofonia
O futuro da lusofonia é promissor. A comunidade lusófona tem um grande potencial para se tornar um espaço de desenvolvimento económico, social e cultural.
Através da cooperação e do diálogo, os países lusófonos podem alcançar um futuro mais próspero e equitativo para todos.
Conclusão
Os países lusófonos formam uma comunidade vibrante e diversa, unida pela língua portuguesa, pela história e pela cultura.
A CPLP é um instrumento importante para fortalecer os laços entre esses países e promover o desenvolvimento da comunidade lusófona.
Através da cooperação e do diálogo, os países lusófonos podem construir um futuro mais próspero e equitativo para todos.
“Minha pátria é a língua portuguesa”
«[…] Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.»
(Livro do desassossego, por Bernardo Soares, heterónimo de Fernando Pessoa. Vol. I.)