Concílios ecuménicos da Idade Moderna
Concílios ecuménicos
«Concílio provém do latim “concilium”, reunião, assembleia. É a reunião de bispos e outros dignitários eclesiásticos, feita com regularidade, para tratar e legislar em matérias de interesse para as Igrejas de determinada região.
O hábito de reunir, para ponderar e deliberar, entrou cedo na prática da comunidade cristã. A reunião de Jerusalém, narrada nos Atos dos Apóstolos (15, 6-29), foi um acontecimento modelar para uma prática que se irá impor a nível local, zonal e universal. (…)
Quanto aos ecuménicos (universais), o de Niceia (325) é considerado o primeiro dos 21 que se lhe seguiram até ao Vaticano II (1962-1965).» Fonte
Concílios da Idade Moderna
Vaticano I – 08.12.1868 a 18.07.1870
Este concílio, convocado pelo Papa Pio IX, foi suspenso em Julho de 1870.
Não obstante a sua brevidade, imposta pelas circunstâncias políticas, aprovou duas resoluções de excepcional importância:
– os dogmas sobre o primado do Papa e da infalibilidade papal na definição expressa de doutrinas de fé e de costumes. Isto é, que o Papa não erra quando se pronuncia ex cathedra sobre assuntos de fé e moral.
– assim como a constituição Dei Filius, onde se formulou a doutrina da Igreja sobre a questão religiosa medular do século XIX: o problema das relações entre a fé e a razão.
Condenou o Racionalismo, o Naturalismo e o Modernismo.
Reforçou a ortodoxia estabelecida no Concílio de Trento.
Vaticano II – 11.10.1962 a 08.12.1965
«Promover o incremento da fé católica e uma saudável renovação dos costumes do povo cristão, e adaptar a disciplina eclesiástica às condições do nosso tempo», eram, segundo a bula da convocatória, os fins que devia perseguir o concílio Vaticano II.
Aberto pelo Papa João XXIII no dia 11 de Outubro de 1962, apenas o primeiro período de sessões teve lugar em vida deste pontífice.
O seu sucessor, Paulo VI (21-VI-1963-6-VIII-1978), governou a Igreja durante as três etapas ulteriores celebradas nos três anos seguintes, até ao encerramento no dia 8 de Dezembro de 1965.
O concílio realizou um trabalho ingente, plasmado de documentos de natureza muito diversa sobre
– a Reforma da Liturgia,
– a Revelação Divina,
– a liberdade religiosa,
– o apostolado dos leigos, etc.,
através de Constituições dogmáticas, Decretos, Declarações e uma Constituição pastoral – a Gaudium et Spes – sobre a Igreja no mundo actual.
Também sobre o novo ecumenismo (visto que o modo tradicional de ecumenismo é bem diferente, como mostra a Encíclica Mortalium Animos, de Pio XI).
O concílio Vaticano II não fez nenhuma definição dogmática, pelo que os seus ensinamentos não possuem a prerrogativa da infalibilidade. Mas constituem actos do Magistério solene da Igreja, pelo que exigem dos fiéis uma adesão interna e externa.
Os ditos tradicionalistas dizem que o Concílio Vaticano II rompe de modo herético com a tradição bimilenária da Igreja: a Missa Tridentina e o Canto Gregoriano perdem importância. O modo como todos os sete sacramentos são celebrados sofreu também alterações.
Concílios ecuménicos do primeiro milénio
Niceia I – 20.05.325 a 25.07.325 | Constantinopla I – Maio a Julho de 381 | Éfeso – 22.06.431 a 17.07.431 | Calcedónia – 8.10.451 a 01.11.451 | Constantinopla II – 05.05.533 a 02.06.533 | Constantinopla III – 07.11.680 a 16.09.681 | Niceia II – 24.09.787 a 23.10.787 | Constantinopla IV – 05.10.869 a 28.02.870 – Ler+
Concílios da época medieval
Latrão I – 18.03.1123 a 06.04.1123 | Latrão II – Abril de 1139 | Latrão III – Março de 1179 | Latrão IV – 11 a 30.11.1215 | Lião I – 28.06.1245 a 17.07.1245 | Lião II – 07.05.1274 a 17.07.1274 | Vienne – 16.10.1311 a 06.05.1312 – Ler+
Concílios da Reforma
Constança – 05.10.1414 a 22.04.1418 | Basileia-Ferrara-Florença – 1431 a 1432 | Latrão V – 10.05.1512 – 16.03.1517 | Trento – 13.12.1545 a 04.12.1563 – Ler+