Os políticos a que temos direito…

Francisco de Assis

, ao tempo líder da bancada parlamentar do PS, afirmou, em entrevista ao JN (18.12.2010) que “Um político nunca seria santo e um santo seria sempre um mau político“.

Embora, como refere a articulista, tenha nome de santo, «o líder parlamentar dos socialistas sabe que nunca lhe chegará aos pés. Nem quer.»

Infelizmente, para todos nós, poucos são os que querem seguir os passos do Poverello de Assis e já não há políticos da têmpera de São Tomás Moro (Londres, 7 de fevereiro de 1478 — Londres, 6 de julho de 1535), um verdadeiro homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis.

São Tomás Moro ocupou diversos cargos públicos, com especial destaque para o de “Lord Chancellor” de Henrique VIII de Inglaterra, de 1529 a 1532.

Considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento, foi canonizado como santo da Igreja Católica em 9 de maio de 1935.

São Sir Tomás Moro foi condenado à morte pelo Rei Henrique VIII de Inglaterra, decisão «considerada uma das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança pessoal do rei», por se ter recusado a prestar-lhe juramento enquanto chefe supremo da Igreja em Inglaterra.

Igreja Católica considera-o um «modelo de fidelidade à Igreja é à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.»

Patrono dos Estadistas e Políticos

«Em 2000, São Tomás Moro foi declarado “Patrono dos Estadistas e Políticos” pelo Papa João Paulo II:

Esta harmonia do natural com o sobrenatural é talvez o elemento que melhor define a personalidade do grande estadista inglês: viveu a sua intensa vida pública com humildade simples, caracterizada pelo proverbial «bom humor» que sempre manteve, mesmo na iminência da morte.

Esta foi a meta a que o levou a sua paixão pela verdade. O homem não pode separar-se de Deus, nem a política da moral: eis a luz que iluminou a sua consciência.

Como disse uma vez, “o homem é criatura de Deus, e por isso os direitos humanos têm a sua origem n’Ele, baseiam-se no desígnio da criação e entram no plano da Redenção. Poder-se-ia dizer, com uma expressão audaz, que os direitos do homem são também direitos de Deus” (Discurso, 7 de abril de 1998).

É precisamente na defesa dos direitos da consciência que brilha com luz mais intensa o exemplo de Tomás Moro.

Pode-se dizer que viveu de modo singular o valor de uma consciência moral que é “testemunho do próprio Deus, cuja voz e juízo penetram no íntimo do homem até às raízes da sua alma” (Carta enc. Veritatis splendor, 58), embora, no âmbito da acção contra os hereges, tenha sofrido dos limites da cultura de então.”»

Citações: Wikipédia