As Cruzadas: Jerusalém e as Ordens de Cavalaria

As Cruzadas e as Ordens de Cavalaria

As Cruzadas consistiram em expedições bélicas que o Ocidente cristão levou a cabo no Próximo Oriente contra o Islão.

A guerra para proteger ou libertar os Lugares Santos reuniu numa empresa comum os cristãos do Ocidente, que ao longo de dois séculos da Idade Média lutaram várias vezes lado a lado cheios de verdadeiro entusiasmo.

De par com a dedicação levada ao sacrifício por um ideal puro, a história das últimas Cruzadas mostra também que entre alguns dos participantes predominavam os interesses pessoais, políticos e económicos.

Já desde a Antiguidade tardia, que os cristãos iam em peregrinação à Palestina, aos sítios onde Cristo vivera.

Os Árabes permitiam que os cristãos visitassem os Lugares Santos, em troca do pagamento de um imposto.

Sob a dinastia dos fanáticos Fatímidas, a inimizade para com os cristãos tornou-se cada vez maior. As notícias sobre a situação na Palestina, que eram trazidas pelos peregrinos regressados, indignaram os cristãos no Ocidente.

No ano de 1074, o papa Gregório VII fez o primeiro apelo a favor de uma cruzada para ir em auxílio dos cristãos romano-orientais.

A campanha do Oriente, que ele mesmo tencionara dirigir, não chegou a realizar-se.

A situação militar de Constantinopla piorou ainda mais depois de 1074. O avança irresistível dos Seljúcidas levou o imperador bizantino Aleixo I Comneno a solicitar ajuda militar ao papa Urbano II, no ano de 1089.(1)

A assim começaram as Cruzadas.

Em 1099, durante a Primeiro Cruzada, Jerusalém é cercada durante cinco semanas.

Os cruzados assaltam a cidade a 15 de Julho. Os cronistas narram horríveis matanças que os cruzados cometeram entre a população muçulmana e judia.

Jerusalém e os arredores formam um reino cristão (1099-1187). Godofredo de Bulhão é eleito protector do Santo Sepulcro. Em 1099, ele rechaça um ataque dos Seljúcidas do Egipto em Ascalon. (1)

O Reino de Jerusalém

O reino cristão de Jerusalém (1099-1187) foi um estado feudal baseado no modelo francês.

Depois da morte de Godofredo de Bulhão (1100), seu irmão Balduíno I (1100-1118) recebe a coroa.

A este sucede seu sobrinho, Balduíno II, falecido em 1131.

Sob o rei Fulco (1131-1143), conde de Anju, o reino abrange a maior parte da Palestina e da Síria, achando-se dividido em quatro principados feudais, com capitais em Jerusalém, Antioquia, Edessa e Tripoli da Síria.

Os outros reis de Jerusalém foram:

– Balduíno III (falecido em 1162),

– Amalrico (falecido em 1173),

– Balduíno IV (falecido em 1184),

– Balduíno V (menor, falecido em 1186) e

– Guido de Lusignan (falecido em 1195). (1)