14 de Maio de 1955 foi criado o Pacto de Varsóvia

O Pacto de Varsóvia

A 14 de Maio de 1955, como resposta à NATO/OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), é criado o Pacto de Varsóvia.

Trata-se de uma aliança entre a União Soviética (URSS) e os países socialistas do Leste Europeu. Determinava a cooperação entre eles e a defesa e ajuda mútua em caso agressão militar.

Ao estabelecer uma separação nítida entre os países que alinham ao lado de Moscovo e os que se lhe opõem, a Ocidente, o Pacto de Varsóvia dá pleno significado à expressão Cortina de Ferro, usada por Winston Churchill num discurso no final da década de 40 para descrever a consolidação do mundo comunista a Leste.

O Pacto de Varsóvia é entendido pelo Ocidente como uma manobra de fortificação do bloco comunista.

À cautela, e temendo os ímpetos belicistas soviéticos, os Estados Unidos armam-se até aos dentes e investem na criação de armas novas, mais potentes e de maior alcance.

E a União Soviética não lhe fica atrás. Está lançada a corrida ao armamento.

Armamento maciço

Primeiro

– os Estados Unidos, a 1 de Novembro de 1952,

– depois a URSS, a 12 de Agosto do ano seguinte,

detonam o seu primeiro dispositivo nuclear.

A 21 de Janeiro de 1954, os norte-americanos lançam à água o USS Nautilus, o seu primeiro submarino nuclear.

E em 1959 os EUA são os primeiros a testar um míssil balístico intercontinental.

Reino Unido, França e China entram também na corrida, e o número das armas nucleares no mundo inteiro sobe em flecha. De 374 armas nucleares que existiam em 1950, passa-se para 3267 em 1959.

Mas a escalada entra em espiral e, cinco anos depois, o total de armas nucleares que ameaçam o mundo é já 22 069.

No início desta corrida, os EUA ganham um ligeiro avanço, mas há outra em que os soviéticos sistematicamente lhes passam à frente: a corrida ao espaço. 1

Saber mais sobre…

NATO/OTAN

NATO (North Atlantic Treaty Organisation)

ou OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)

Organização internacional formada ao abrigo do Tratado do Atlântico Norte, de 1949, tratado de aliança defensiva, como reacção à expansão da influência soviética na Europa Oriental e na sequência do bloqueio de Berlim (1948-1949).

Durante a Guerra Fria, a OTAN dotou os países membros (basicamente da Europa Ocidental e Estados Unidos da América) de um sistema de defesa contra uma eventual agressão do bloco soviético.

O princípio da aliança atlântica, segundo o qual o ataque a qualquer membro da NATO é um ataque a todos, significava nomeadamente que os EUA, como membros, acorreriam a prestar assistência aos seus aliados, empregando, se necessário, armas nucleares.

Contudo, divergências de posição acerca da estratégia nuclear entre os Estados Unidos e os Estados membros europeus, bem como o termo da guerra fria em 1990, levaram a NATO a reexaminar o seu papel no Mundo e a considerar a possibilidade de se transformar de organização militar numa organização política dedicada a promover a estabilidade na Europa.

A formação da NATO levou os países do bloco soviético à assinatura do Pacto de Varsóvia em 1955.

No começo dos anos 90, depois do colapso do comunismo na Europa Oriental, algumas das ex-repúblicas da União Soviética que haviam integrado o Pacto de Varsóvia manifestaram a intenção de se associar à NATO. Esta organização dispõe, aliás, já de iniciativas no sentido de acolher tal pretensão. 2

Pacto de Varsóvia

Aliança militar dos países comunistas do Leste europeu, criada em 1955 em resposta à NATO, a aliança dos países ocidentais.

O Pacto de Varsóvia, também chamado «Bloco de Leste», incluía a Bulgária, a Checoslováquia, a Alemanha de Leste (ou Alemanha Democrática), a Hungria, a Polónia, a Roménia e a União Soviética.

A aliança desfez-se em 1991, a seguir ao colapso do comunismo na Europa. 2

Fontes: 1 Os nossos anos – Anos 1950-1959 texto editado e adaptado) | 2 Dicionário Ilustrado do Conhecimento Essencial | Imagem